“Cristo é a luz que orienta o caminho”, assegura Papa Francisco
Antes da recitação do Angelus na Praça de São Pedro, o Pontífice refletiu sobre o episódio da Transfiguração de Nosso Senhor Jesus Cristo.
Cidade do Vaticano (06/03/2023 14:35, Gaudium Press) No último domingo, 5 de março, o Papa Francisco conduziu a oração mariana do Angelus diante dos fiéis reunidos na Praça de São Pedro. Na ocasião, o Pontífice comentou o Evangelho do dia, que tratava do episódio em que Nosso Senhor Jesus Cristo se transfigura diante dos Apóstolos São Pedro, São Tiago e São João, revelando-se a eles em toda a sua beleza como Filho de Deus.
Refletindo sobre a Transfiguração do Senhor, o Santo Padre explicou ao público que “os discípulos viram com os próprios olhos a beleza e o esplendor do Amor divino encarnado em Cristo. Eles tiveram uma antecipação do paraíso. Que surpresa para os discípulos! Eles tiveram a face do Amor diante de seus olhos por tanto tempo, e nunca tinham percebido como era lindo! Só agora eles percebem isso, e com tanta alegria, com imensa alegria”.
A luz de Cristo não pode ser reduzida a um momento
Segundo Francisco, com esta experiência Jesus estava preparando os apóstolos para um passo ainda mais importante, no qual eles deveriam saber reconhecer a mesma beleza Nele, quando subisse na Cruz e seu rosto fosse desfigurado. São Pedro gostaria de prolongar essa experiência, porém Jesus não permite.
Sua luz não pode ser reduzida a um momento mágico, “pois se tornaria uma coisa falsa e artificial que se dissolve na névoa dos sentimentos passageiros. Cristo é a luz que orienta o caminho, como a coluna de fogo para o povo no deserto. A beleza de Jesus não aliena os discípulos da realidade da vida, mas lhes dá a força para seguir Ele até Jerusalém, até à cruz. A beleza de Cristo não é alienante, mas leva você adiante, não faz você se esconder. Vai adiante”, assegurou o Papa.
Saber reconhecer a luz do amor de Deus em nossa vida
O Pontífice afirmou que este Evangelho nos ensina sobre a importância de se estar com Jesus, “mesmo quando não é fácil entender tudo o que Ele diz e faz por nós. Com efeito, é estando com Ele que aprendemos a reconhecer, no seu rosto, a beleza luminosa do amor que se doa, mesmo quando carrega os sinais da cruz. É na sua escola que aprendemos a perceber a mesma beleza nos rostos das pessoas que caminham todos os dias ao nosso lado”.
Por fim, Francisco exortou aos fiéis para que reflitam nas seguintes questões: “Sabemos reconhecer a luz do amor de Deus em nossa vida? Reconhecemo-la com alegria e gratidão no rosto das pessoas que nos amam? Procuramos ao nosso redor os sinais dessa luz, que nos enche o coração e o abre ao amor e ao serviço? Ou preferimos os fogos de palha dos ídolos, que nos alienam e nos fecham em nós mesmos?”, concluiu. (EPC)
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