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Criação de um departamento de artes bizantinas e cristãs do Oriente no Museu do Louvre

Durante a Revolução Francesa, em 1793, a Assembleia Nacional decretou que o Louvre, antiga residência real, deveria ser usado como museu.

1280px Louvre Museum Wikimedia Commons

Redação (09/10/2022 11:23, Gaudium Press) A promessa da criação deste novo departamento dedicado à arte dos cristãos do Oriente, do Império bizantino e dos eslavos foi feita há mais de vinte anos, sendo vetada pelo governo socialista, em 2014.

Finalmente, no dia 4 de outubro passado, foi publicado, no Jornal Oficial da República Francesa, o decreto que criou o “novo departamento, dentro do Estabelecimento Público do Museu do Louvre, dedicado às artes bizantinas e ao cristianismo no Oriente. Este novo departamento do Museu do Louvre tem por missão valorizar, através da riqueza das coleções neste domínio, esta civilização original agora plenamente representada no propósito do museu”.

A abertura ao público deste nono departamento do Museu está prevista para 2026. Este ano, foram feitas duas grandes aquisições: um ícone russo em tríptico, representando São Nicolau, Santa Alexandra e Santo Aleixo, adquirido em 13 de maio, e uma maquete do Santo Sepulcro em madeira de oliveira incrustada com madrepérola e osso.

Destacando a herança bizantina e o Oriente cristão, a coleção nesta fase inclui 12.000 obras dispersas em sete departamentos do museu. Uma coleção de obras que se estende da Etiópia à Rússia, dos Balcãs à Mesopotâmia, do Cáucaso ao Mediterrâneo Oriental da Ásia, desde as origens das imagens cristãs até o início do século XX.

O novo departamento ocupará 3.000 metros quadrados, na ala Denon. Estará geograficamente ligado às Antiguidades Gregas, Etruscas e Romanas, às Artes do Islão e às artes europeias, abrangendo as atuais salas do Oriente Mediterrâneo no Império Romano, a galeria funerária egípcia e as salas coptas. O agrupamento destas obras mostrará as ligações que existem com o mundo grego e romano, e o seu desenvolvimento no mundo bizantino.

Segundo assessoria do Louvre, este modelo permitirá discorrer sobre a arquitetura da Terra Santa, sobre as relações entre o Ocidente e o Oriente e sobre as práticas devocionais do século XVII, ao mesmo tempo que ilustra as técnicas utilizadas nos objetos das artes decorativas do Oriente.

Com informações Vatican News.

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