Coronavírus / Covid-19 e os sintomas do mundo. Há esperança?
Redação (Segunda-feira, 23-03-2020, Gaudium Press) O número de contagiados e de mortos pela nova pandemia de coronavírus cresce em velocidade ciclópica. O planeta se prosterna diante de uma doença misteriosa, sem prevenção, sem vacina, sem tratamento e até mesmo sem sintomas em alguns casos… De sua origem quase nada conhecemos, de seu destino muito menos.
Ficamos chocados e como que petrificados com tanta notícia alarmante.
Mas não só nós: prestigiosas revistas como a The Economist (vol. 434, n. 9186, 27/3/2020) e Time (vol. 195, n. 11, 30/3/2020) comentam que o mundo está “fechado”, “parado”, inerte… Por quê?
A globalização parece já não mais existir: aeroportos servem hoje de meros estacionamentos, a agitação das cidades foi transplantada dos bairros boêmios para os centros de UTI, as ruas só ecoam o silêncio dos cemitérios, que já não ouvem sequer os prantos das viúvas (estão em quarentena).
O comércio marca passo. Os recintos das igrejas se convertem hoje nas catacumbas dos tempos modernos: só há culto público em alguns rincões do planeta. Ao sacerdote resta-lhe conviver a sós com Jesus Eucarístico e rogar ao Senhor por seu rebanho e por toda a humanidade.
Estamos no fim do mundo?
Nessa debacle, a pergunta nasce instintiva: o mundo passará por mais esta prova?
Sim, na medida em que ele não buscar a solução nele mesmo. Poderá até superar essa pandemia por suas próprias forças (aparentemente), mas não estará (paradoxalmente) superando-se a si mesmo. Para isso, as células que compõem este corpo – ou seja, cada um de nós – só poderão sair maiores do que entraram nessa guerra ou não sobreviverão. Para isso, só nos resta por ora a esperança, pois do nosso lado está Cristo que proclamou: “Coragem! Eu venci o mundo” (Jo 16,33). O Salvador vencerá sempre, ainda que todo o mundo a Ele se oponha. Os dois mil anos desde a encarnação do Verbo são a prova disso.
Pe. Felipe de Azevedo Ramos, EP
Deixe seu comentário