Conversão: graça a ser pedida a Deus com força, diz Papa
“O primeiro aspecto da conversão é o desapego ao pecado e à mundanização”, o segundo “é a busca de Deus e de seu reino”.
Cidade do Vaticano (07/12/2020, 12:05, Gaudium Press) A figura e a obra de São João Batista e o caminho de conversão foram os temas tratados pelo Papa Francisco, durante oração mariana do Angelus, neste segundo domingo do Advento, 6 de dezembro.
Francisco comentou aspectos da conversão. Ele falou do “desapego ao pecado e à mundanização, e a busca de Deus e do seu reino”
O que é conversão para Francisco
Antes de tudo, Francisco recordou o que seja a conversão:
Para ele a conversão “envolve a dor pelos pecados cometidos, o desejo de se livrar deles, o propósito de excluí-los da própria vida para sempre.
Para excluir o pecado, é preciso também rejeitar tudo o que está ligado a ele: a mentalidade mundana, a superestimação do conforto, do prazer, do bem-estar, das riquezas”.
O que significa conversão nas Sagradas Escrituras
O Pontífice reiterou que, “Na Bíblia, conversão significa primeiro mudar a direção e a orientação; e, depois, também mudar a maneira de pensar. Na vida moral e espiritual, converter meios de passar do mal ao bem, do pecado ao amor de Deus”
Aspectos de uma verdadeira conversão
Para exemplificar o que seja conversão, Francisco falou de São João Batista recordando que ele era “um homem austero, que renunciou ao supérfluo e buscou o essencial”.
Para o Papa, este é o “o primeiro aspecto da conversão: desapego ao pecado e à mundanização”, em seguida cita o outro aspecto: “é a busca de Deus e de seu reino”.
“O abandono do conforto e da mentalidade mundana não é por si só um objetivo, mas visa alcançar algo maior, ou seja, o reino de Deus, a comunhão com Deus, a amizade com Deus”
“Mas isso não é fácil”, aconselha o Pontífice, “porque há tantos laços que nos mantêm próximos ao pecado: volubilidade, desânimo, malícia, ambientes nocivos, maus exemplos”.
O perigo de se ter impulso fraco para a conversão: ter uma existência de Mediocridade
“Às vezes o impulso que sentimos para com o Senhor é muito fraco e parece quase como se Deus silenciasse”.
Francisco adverte do perigo que vem desta situação:
Somos tentados a “dizer que é impossível se converter verdadeiramente, e em vez de se converter do mundo para Deus, corre-se o risco de permanecer na ‘areia movediça’ de uma existência medíocre”.
A conversão é uma graça: deve ser pedida a Deus com força para não ser uma conversão medíocre
Para evitar a mediocridade é necessário que, “Antes de tudo lembremo-nos de que a conversão é uma graça, portanto, deve ser pedida a Deus com força”
“Nós nos convertemos verdadeiramente – continua o Pontífice – na medida em que nos abrimos à beleza, à bondade, à ternura de Deus. Então deixamos o que é falso e efêmero, para o que é verdadeiro, belo e dura para sempre”. (JSG)
(Da Redação Gaudium Press, com informações Vatican News)
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