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Congo: Guarda republicana invade arcebispado e catedral

Tentativa de sequestro ou exercício de segurança? Cerca de dez homens armados forçaram a entrada na residência episcopal e invadiram a catedral.

Lubumbashi cathedral S Pierre et Paul

Redação (01/03/2023 09:49, Gaudium Press) Na cidade de Lubumbashi, República Democrática do Congo, cerca de dez homens armados, que se diziam da Guarda Republicana e sem dar qualquer explicação, tentaram entrar no recinto da arquidiocese de Lubumbashi, nesta última sexta-feira, 24 de fevereiro. Em um comunicado, Arquidiocese de Lubumbashi exige esclarecimentos do porquê da invasão.

Tentativa de sequestro ou exercício de segurança?

“Após encontrar forte resistência por parte da equipe de segurança na entrada da residência episcopal, rapidamente eles se dirigiram à portaria e, com insistência, exigiram o acesso ao gabinete do arcebispo que trabalhava tranquilamente”, destaca o comunicado. Com efeito, o arcebispo Dom Fulgence Muteba é conhecido por ter facilitado a reconciliação, em maio do ano passado, entre Joseph Kabila e Moïse Katumbi, dois ex-irmãos inimigos.

Em seguida, esses visitantes indesejados, inspecionaram a catedral São Pedro e São Paulo, localizada ao lado da arquidiocese. Segundo o comunicado, eles “afirmaram fazer parte da equipe do Presidente da República. E especificaram que tinham a tarefa de providenciar a segurança em vista de um evento religioso a ser realizado na Catedral de São Pedro e São Paulo, em Lubumbashi, durante uma estada planejada do Chefe de Estado no Alto Catanga.

“Foi estranho, porque não temos informações de que o chefe de Estado viria até nós. Conhecemos outros Presidentes da República, isso nunca aconteceu”, esclareceu Dom Emmanuel Mumba, vigário geral e encarregado das obras sociais, e prosseguiu “Você não beija o anel de um bispo com uma arma”, insinuando que poderia ser uma tentativa de sequestro.

Erick Muta, Ministro Provincial do Interior em Lubumbashi, explicou que não se tratava de uma tentativa de sequestro, mas sim de exercício de simulação no âmbito da formação de soldados da Guarda Republicana, formados por instrutores israelitas. Ele garante que esses exercícios vão continuar em outros pontos da cidade

O comandante da Guarda Republicana, por sua vez, declarou que a ação levada a cabo pelos seus homens “não foi uma atividade hostil contra o Arcebispo, mas um ato de solicitação benevolente das autoridades eclesiásticas para que adotem medidas de proteção em caso de visitas de altas personalidades à Catedral”.

Com informações agenzia fides

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