Como foram os ataques contra a Igreja Católica no Chile?
Os bombeiros foram recebidos com pedradas, sendo impedidos de trabalharem no combate ao incêndio.
Chile – Santiago (20/10/2020 11:00, Gaudium Press) Impactante e ameaçador para a Igreja Católica é o balanço do ocorrido no último domingo, 18 de outubro, nas manifestações em Santiago do Chile, quando, ao cair da tarde, duas emblemáticas igrejas do centro da cidade foram atacadas por vândalos.
Por volta das 18h os bombeiros receberam ligações alertando sobre o início do incêndio provocado no interior da paróquia da Assunção. Concomitantemente tentaram atender a conflagração provocada na igreja São Francisco de Borja, capela dos carabineros do Chile.
Bombeiros são recebidos com pedradas
Quando estavam perto dos incêndios, os caminhões dos bombeiros foram recebidos com pedradas: “Em alguns momentos tivemos que nos retirar porque as condições não eram seguras para os bombeiros. Com o incêndio à vista, não podíamos fazer o nosso trabalho, tivemos que nos retirar até esperar o local ficar seguro”, disse um porta-voz do Corpo de Bombeiros.
Na igreja da Assunção, durante meia hora os manifestantes impediram a ação dos bombeiros, tempo suficiente para que as chamas fizessem seu trabalho devastador. A imagem da torre deste templo histórico, em chamas e desabando, percorreu o mundo. Também o vídeo de uma mulher, no interior do templo, repetindo o slogan: “A única igreja que ilumina é a que arde”. Impactam igualmente as imagens de quando um manifestante derruba uma grande imagem da fachada da igreja.
Os danos nas igrejas atacadas
Além da destruição da torre e do campanário do templo da Assunção, se perdeu todo o teto com suas pinturas. Ainda não foi feito um balanço do estado dos sinos que se encontram sob os escombros. Os vitrais ficaram quase todos destruídos. Parte dos móveis foi saqueada para a construção de barricadas. A fachada do templo foi pichada. Esta igreja, inaugurada em 1876, já havia sofrido durante as manifestações ao longo do ano, quando as imagens foram vandalizadas, mas os danos haviam sido menores, mínimos em comparação com o que ocorreu no domingo.
Na igreja São Francisco de Borja, “estavam os vitrais mais antigos do Chile, e isso se perdeu ontem [no domingo]”, declarou o subsecretário de Patrimônio, Emilio de la Cerda. Eram de origem francesa, produzidos em 1875, na oficina de Gustave-Pierre Dagrant. Desta igreja também circularam imagens de quando os vândalos tiravam fotos enquanto queimavam imagens religiosas. (EPC)
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