Como e quando se compôs a Ave-Maria?
A Ave-Maria é a mais bela de todas as orações, depois do Pai-Nosso. É a saudação mais perfeita que podeis fazer a Maria, pois é a saudação que o Altíssimo indicou a um arcanjo, para ganhar o coração da Virgem de Nazaré.
Redação (13/05/2021 10:54, Gaudium Press) Conta-se que, certo dia, quando Santa Gertrudes e suas religiosas cantavam a “Ave-Maria” durante o ofício de Matinas, a Santa foi arrebatada em êxtase.
Viu então jorrarem do seio da Santíssima Trindade três fachos de luz — simbolizando o poder do Pai, a sabedoria do Filho e a ternura misericordiosa do Espírito Santo — que penetravam no coração de Nossa Senhora, para deste retornar à fonte, isto é, à Trindade Beatíssima.
Essa visão tornava patente como a Mãe de Deus se regozija em seu coração, e como neste há novas expansões da Santíssima Trindade, cada vez que uma alma na Terra recita devotamente a Ave-Maria.
Como surgiu a Ave-Maria?
A primeira parte da Ave-Maria, como todos sabem, tem uma origem bíblica. Ela está composta pela saudação do Arcanjo Gabriel a Maria – “Ave, cheia de graça, o Senhor é convosco” – seguida da exclamação de Santa Isabel ao receber em sua casa a Virgem Santíssima: “Bendita sois Vós entre as mulheres e bendito é o fruto do vosso ventre” (cf. Lc 1, 26-42).
Menos conhecida é, entretanto, a origem da segunda parte. Ela nasceu como reação contra a heresia de Nestório, Patriarca de Constantinopla, que negava ser Nossa Senhora a Mãe de Deus.
Entre os Bispos que combateram para defender o dogma da Maternidade Divina, destacou-se por seu ardor o Patriarca de Alexandria, São Cirilo, graças ao qual o Concílio de Éfeso, realizado no ano 431, proclamou: “Se alguém não confessar que o Emanuel é Deus no sentido verdadeiro e que, portanto, a Santa Virgem é deípara […], seja anátema” (Dz 252).
Em consequência, acrescentou-se à Saudação Angélica esta alentadora súplica: “Santa Maria, Mãe de Deus, rogai por nós pecadores, agora e na hora de nossa morte”.
O complemento da Ave-Maria floresceu, pois, de um sorriso da Virgem Mãe, como maternal auxílio a seus filhos pecadores, ou seja, a todos nós.
Texto extraído, com adaptações, da Revista Arautos do Evangelho n.181, janeiro 2017.
Deixe seu comentário