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Comissária europeia que queria cancelar alusões ao Natal e ao Cristianismo responde ao Papa

Em seu voo de volta a Roma, Francisco referiu-se à polêmica diretriz sobre ‘linguagem inclusiva’, que foi cancelada.  

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Redação (07/12/2021 17:43, Gaudium Press) A reação contra o guia interno de normas para uma “comunicação inclusiva” da Comissária Europeia para a Igualdade, Helena Dalli, não para. Agora ela respondeu às declarações do Papa Francisco em seu regresso a Roma de Atenas, que se referiu a essa controvertida e cancelada diretriz.

Como vocês se lembram, levantou muita poeira quando foi enunciado, no capítulo dedicado a “Cultura, estilo de vida ou crença”, que deveria ser “evitado considerar que alguém seja cristão”, visto que “nem todo mundo celebra as festas natalinas (…) e é preciso estar atento ao fato das pessoas terem tradições religiosas diferentes”.

Como aplicações práticas desses princípios, as instruções indicavam o uso de nomes genéricos em vez de “nomes cristãos”; por exemplo, em vez de dizer “Maria e José são um casal internacional”, deveria se dizer “Malika e Giulio são um casal internacional”; convidava a não usar frases como “o período de Natal pode ser estressante”, mas “o período de férias pode ser estressante”.

Diante da polêmica levantada, a comissária Dalli anunciou, em 30 de novembro, que estava retirando essas diretrizes. Mas o assunto ficou na retina e na mente coletiva, e o Papa foi questionado sobre isso no avião ontem.

Anacronismo do secularismo diluído

“Isso é um anacronismo, um anacronismo da história – disse Francisco referindo-se ao documento. Tantas ditaduras procuraram fazê-lo: pense em Napoleão, pense na ditadura nazista e comunista. É uma moda do secularismo diluído, água destilada. (…) Acho que deveriam tomar os ideais dos pais fundadores, que eram ideais de unidade, de grandeza. E ter cuidado para não abrir caminho a colonizações ideológicas. Isso pode levar à divisão de países e ao colapso da União Europeia”, afirmou o pontífice, em declarações amplamente divulgadas.

Tanto que induziram a comissária Dalli a respondê-las .

“Quero assegurar que nem eu nem a minha equipe queremos cancelar o Natal”, declarou Dalli. E insistiu em sua intenção inclusiva de “abraçar a diversidade”. “Tenho certeza de que o Papa entende que a inclusão é a essência necessária para que ninguém fique de fora da nossa sociedade, e é isso que eu quero”, enfatizou.

A semântica está sendo exposta, vão sendo mostrados recursos lexicais para cancelar a tradição cristã da Europa. Mas pela atitude cautelosa da Comissária, parece que a pólvora ainda não está seca para ser usada abertamente contra o Cristianismo, e ainda precisam ser usados subterfúgios e eufemismos, por enquanto…

 

 

 

 

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