Cessem as barbaridades que estão fazendo contra a Igreja na Nicarágua
“ O que querem? O que estão fazendo? Apelamos para que se convertam e parem de incomodar as nossas vidas, deixem-nos trabalhar em paz!”.
Redação (24/08/2022 17:52, Gaudium Press) Essas palavras, que revelam um cansaço acumulado, foram as do clero da Diocese de Estelí contra a perseguição que a Igreja Católica sofre por parte do governo de Daniel Ortega e Rosario Murillo.
“Libertem o bispo, os sacerdotes e os leigos e o Senhor terá piedade de vocês, se vocês se converterem de coração”, acrescentam. Vale lembrar que o Administrador Apostólico desta jurisdição é Mons. Rolando Álvarez, que o governo mantém em prisão domiciliar.
No comunicado, enfatizam que o governo acusou a Igreja Católica de incitar a participação como mediadora em 2018, durante protestos estudantis contra o governo e desde então o perseguição não parou. “A incitação ao ódio e à violência foi iniciada por vocês, quando o senhor Daniel Ortega, no ato oficial da celebração de 19 de julho de 2018, acusou publicamente alguns bispos de serem golpistas, terroristas”.
“Vocês sabem muito bem que o que fizemos foi um trabalho de mediação, evitando mortes desnecessárias, ajudando os feridos, protegendo a vida de nossos irmãos nicaraguenses. Desde então eles têm injetado ódio e, graças a Deus, nosso povo é nobre e não se deixa enganar”.
A diocese de Estelí também acusa o regime de Ortega de contribuir para o exílio de Mons. Silvio Báez, bispo auxiliar que recebeu ameaças de morte; de expulsar o núncio apostólico, prender e perseguir sacerdotes e cancelar o Canal Católico da Diocese de Matagalpa.
Agradecem o apoio do Papa e das Conferências Episcopais que se solidarizaram com eles.
“Sentimos-nos fortalecidos pela proximidade, dor e preocupação de nosso Papa Francisco pelos sofrimentos da Igreja nicaraguense. Sabemos que estamos sempre presentes em suas orações.”
Mons. Silvio Baéz escreveu em sua conta no Twitter: “Apoio a carta que o clero nativo da diocese de Estelí dirige ao governo da #Nicarágua. Uno-me ao seu grito profético: “O que querem? O que estão fazendo?” E faço minha a sua oração, para que cessem ‘as barbaridades que estão fazendo contra a Igreja’”.
Com informações Desde la Fe.
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