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Cardeal Harvey fecha Porta Santa da Basílica de São Paulo Fora dos Muros

“Que a porta da fé, da caridade e da esperança permaneça aberta em nossos corações. Que a porta da missão permaneça aberta, porque o mundo precisa de Cristo”, afirmou o Cardeal James Michael Harvey, em sua homilia, durante a celebração eucarística com o rito de fechamento da Porta Santa.

Foto: Vatican News/ Vatican Media

Foto: Vatican News/ Vatican Media

Redação (28/12/2025 11:07, Gaudium Press) No dia 28 de dezembro de 2025, Festa da Sagrada Família, o Cardeal James Michael Harvey, arcipreste da Basílica Papal de São Paulo Fora dos Muros, presidiu a Missa com o rito de fechamento da Porta Santa, marcando o encerramento do Ano Jubilar nas basílicas menores de Roma.

Em sua homilia, o cardeal enfatizou que “a esperança cristã não foge das guerras, das crises, das injustiças e da desorientação que o mundo vive hoje”. Longe de ser um otimismo ingênuo ou fuga da realidade, ela é uma confiança firme no amor fiel de Deus, capaz de atravessar a história.

A Porta Santa simboliza a passagem para a misericórdia divina: atravessá-la significa deixar para trás o que pesa no coração, renunciar a toda “pretensão de autossuficiência” e confiar-se humildemente a Cristo, o único que dá sentido pleno à vida. Como destacou o cardeal, Deus nunca fecha a porta ao homem; cabe a nós atravessá-la pelo caminho da conversão e do perdão.

Evocando a figura de São Paulo, que, tendo experimentado a sua própria fraqueza, afirmou que foi precisamente dela, através do seu encontro com Cristo, que tirou a sua força, Harvey recordou que “nenhuma prisão pode extinguir a liberdade interior de quem vive em Cristo”.

A esperança, virtude central do Jubileu 2025, se alimenta da coragem de “descer na profundidade”, cavando “sob a superfície da realidade” e rompendo a “crosta da resignação”. Uma virtude frágil, mas com imenso potencial: o de “mudar o mundo”.

Referindo-se a ensinamentos do Papa Francisco e à encíclica Spe Salvi de Bento XVI, o cardeal afirmou que a grande esperança é Deus mesmo, em sua “face humana”, manifestada como uma “realidade viva e presente” que abraça toda a história da humanidade. Um amor que sustenta a perseverança diária em meio às limitações.

Ao fechar a Porta Santa material, o desejo é que permaneçam abertas as portas em nossos corações: da fé, da caridade, da esperança e da missão, ressaltou o cardeal.

Essa foi a terceira Porta Santa fechada em Roma (após Santa Maria Maggiore no Natal e São João de Latrão em 27 de dezembro). O Papa Leão XIV encerrará o Jubileu em 6 de janeiro de 2026, na Basílica de São Pedro.

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