Capela católica é incendiada no Chile
Por que atear fogo em igrejas e capelas como protesto contra o governo?
Redação (12/11/2022 14:25, Gaudium Press) A Capela de São José, pertencente à comunidade de San Francisco de Asís, em Victoria (região da Araucanía no Chile) foi completamente destruída após um ataque incendiário em 10 de novembro.
O ataque à capela católica ocorre em meio a uma viagem do atual presidente chileno, Gabriel Boric, pela Araucanía, território repleto de conflitos no âmbito das demandas de grupos radicais ligados aos mapuches, povo indígena da região centro-sul do Chile. Eles exigem o reconhecimento da propriedade dos povos nativos sobre o que consideram seu território, e contra a superexploração dos recursos da terra por empresas florestais privadas.
Uma escola rural da região também foi incendiada.
O presidente chileno Gabriel Boric, que visita a região, referindo-se aos ataques, descreveu-os como “terroristas por natureza”, comparando-os ao regime nazista e à ditadura chilena de Augusto Pinochet.
“Sabe o que o incêndio da escola e da igreja que vimos hoje me lembra? Isso me lembra quando os nazistas queimaram sinagogas na década de 1930, e quando, em setembro de 1973, a ditadura queimou livros na Plaza San Borja”, ressaltou.
Depois do ocorrido, o presidente convocou os responsáveis por esses ataques: “Quero dizer às pessoas que estão por trás desses ataques que, se acreditam que privar as crianças da zona rural de La Araucanía da educação, ou privar o povo de um templo onde praticam sua fé, ou privá-los do acesso à água, como fizeram no ataque em Victoria, vão conseguir intimidar a mim ou a este governo, estão muito enganados”.
Mas fica a pergunta: Por que se ateia fogo em igrejas como protesto contra o governo?
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