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Caos doutrinário na Igreja!

Por que há tanta autoridade contradizendo o ensinamento perene da Igreja neste “sínodo”?

Backhuysen Ludolf Christ in the Storm on the Sea of Galilee 1695

Redação (07/10/2023 15:30, Gaudium Press) De fato, o caos doutrinário em que a Igreja está envolvida é algo inegável, e esta situação desperta muita angústia em alguns fiéis, especialmente naqueles que estavam acostumados ou que acreditavam que a Igreja é um monólito de fé e luz.

Há poucos dias, ouvi a conversa de dois intelectuais católicos europeus que discutiam o caos doutrinário. Um deles, em particular, fez uma análise com a sabedoria que vem da boa erudição, com a serenidade que os anos dão e a tranquilidade que vem da fé no Cristo Eterno.

Ele recordava que houve um tempo em que quase todos os bispos católicos eram arianos, uma heresia que no fundo negava a divindade absoluta, total, consubstancial e completa de Jesus Cristo.

O arianismo hoje nos parece até ridículo. Mas, na época, imperadores, sucessores dos apóstolos e talvez até um papa, Libério, cederam à heresia. Mas esse furacão, que ameaçou devorar a barca de Pedro, hoje não é nem o sopro de um vento.

Este mesmo intelectual lembrou que na época de São Luís Maria Grignion de Montfort quase todos os bispos da França eram jansenistas (que professavam um rigorismo que acabava por desrespeitar a liberdade humana), exceto um, justamente o do território onde o santo tinha autorização de pregar. E hoje o jansenismo não passa de uma vaga lembrança.

Com efeito, a promessa de Cristo, apesar de todas as vicissitudes não pequenas da história da Igreja, é mantida: “As portas do inferno não prevalecerão contra ela”. Esta promessa também tem um fundamento ontológico, que é o fato de a cabeça da Igreja ser Cristo, que não falha, não sucumbe e não se quebra porque é Deus.

Pode ser que a Igreja, como o barco em que Cristo dormia, pareça ser engolida pelas ondas furiosas. Mas um barco onde Cristo está nunca afunda. Ele saberá escolher o momento de se despertar e acalmará as ondas.

De qualquer forma, os exemplos históricos do arianismo e do jansenismo nos alertam: o arianismo e o jansenismo eram as modas da época. O católico que segue as modas do mundo, mesmo que estas sejam a maioria, acaba por se separar de Cristo.

E para estar sempre unido a Jesus, deve-se estar com Maria, porque onde está a Mãe está o Filho. Ela é a Estrela da Manhã que anuncia o nascer do sol.

De resto, haverá sempre Atanásios e Luíses Maria de Montfort que defenderão a fé e a virtude.

 Por Carlos Castro

 

 

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