Camarões: pedem resgate pelas pessoas sequestradas na igreja
Segundo o Arcebispo, há grupos que veem a Igreja como um “alvo fácil para ganhar dinheiro”.
Redação (20/09/2022 10:36, Gaudium Press) O sequestro de oito pessoas – incluindo cinco sacerdotes, uma religiosa e três leigos – no ataque à Igreja de Santa Maria, na aldeia de Nchang, no oeste de Camarões, em 16 de setembro passado, foi revelado como um sequestro por resgate, como declarou Dom Andrew Nkea Fuanya, Arcebispo de Bamenda. Ele denunciou que há grupos que veem a Igreja como um “alvo fácil para ganhar dinheiro”, informa a agência Fides.
Na noite de sexta-feira, 16 de setembro, um grupo armado atacou e incendiou a Igreja de Santa Maria, sequestrando cinco sacerdotes, uma religiosa e três leigos (um catequista, uma cozinheira e um jovem).
Desde 2016, as regiões noroeste e sudoeste de Camarões foram dominadas por um sangrento conflito entre separatistas anglófonos e militares do estado de maioria francófona.
A violência já custou mais de 6.000 vidas e deslocou cerca de um milhão de pessoas.
No início de setembro, Monsenhor Nkea, presidente da Conferência Episcopal de Camarões, pediu uma intervenção da comunidade internacional, que “parece ter se esquecido da crise anglófona”.
“Tentamos encorajar padres, religiosos e religiosas a continuar trabalhando nas duas regiões anglófonas”, ressaltou em entrevista à seção francesa do Vatican News, “mas nós, bispos, recebemos diariamente mensagens que ameaçam nossos esforços de diálogo: se falamos com o governo, os secessionistas nos acusam de ser pró-governo; se falamos com os secessionistas, o governo nos acusa de estarmos com os secessionistas. É uma situação delicada, mas os bispos devem continuar fazendo seu trabalho de mediação entre as partes”.
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