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Bispo defende oração a São Miguel após a missa

Dom Paprocki é bispo de Springfield, renomado canonista e diretor do Comitê de Assuntos Canônicos do Episcopado dos Estados Unidos.

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Redação (06/11/2024 10:51, Gaudium Press) Dom Thomas Paprocki, bispo de Springfield, Illinois, EUA, respondeu a uma carta publicada no Wall Street Journal, na qual um sacerdote expressava objeções à recitação da oração a São Miguel no final da missa. O Prelado afirmou que a opinião do sacerdote “é simplesmente errada”.

Na carta ao editor, datada de 21 de outubro, o Padre Gerald J. Bednar, um sacerdote aposentado da Diocese de Cleveland, escreveu que o Vaticano “suprimiu essa prática em 1964, pois a oração interfere na integridade da missa”.

O Pe. Bednar comentou que recitar a oração a São Miguel após a missa “conclui a liturgia com uma devoção particular, um pedido a um santo, quando todas as petições já haviam sido concluídas muito antes na liturgia e dirigidas a Deus Pai”.

“O final da missa envia os fiéis em uma missão positiva, exortando-os a expandir o reino de Deus por meio da evangelização”, escreveu o padre.

“São Miguel é conhecido como o capitão dos Anjos da Guarda e devemos, é claro, pedir sua ajuda. Mas os fiéis devem reconhecer a presença do Senhor na Eucaristia como sua principal proteção contra o mal e as armadilhas do demônio, e responder ao seu chamado para aumentar o reino de Deus, onde o demônio não tem influência”, concluiu o sacerdote.

Em uma carta de resposta publicada em 27 de outubro, Dom Paprocki refutou a alegação de Bednar de que a oração a São Miguel após a missa “conclui a liturgia com uma devoção particular”.

“A liturgia se encerra quando o celebrante diz: ‘Ide em paz e o Senhor vos acompanhe’, e o povo responde: ‘Graças a Deus’. A oração, portanto, é recitada após a missa, e tanto o sacerdote quanto o povo são livres para recitá-la. Não se trata de uma devoção particular quando é rezada publicamente”, escreveu o bispo Paprocki.

“O final da missa envia os participantes em uma missão positiva e, embora o Pe. Bednar esteja certo ao afirmar que o diabo não tem influência no reino de Deus, ainda não chegamos lá. Rezá-la juntos não faz mal algum, e a recitamos para invocar a intercessão de São Miguel, pedindo para nos defender em nossas batalhas espirituais”.

Em 1884, o Papa Leão XIII compôs três orações a São Miguel, após ter tido uma visão dos espíritos infernais que pairavam sobre a Cidade Eterna, e ordenou que a mais breve fosse rezada no final de cada missa.

Esta é a oração:

São Miguel Arcanjo, defendei-nos no combate, cobri-nos com o vosso escudo contra os embustes e as ciladas do demônio.  Subjugue-o Deus, instantemente o pedimos; e vós, Príncipe da milícia celeste, pelo divino poder, precipitai no Inferno a Satanás e aos outros espíritos malignos que andam pelo mundo para perder as almas. Amém.

Com informações CNA

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