Beatificada freira italiana martirizada em ritual satânico
“Seu corpo, por meio de uma existência oferecida até o martírio, tornou-se instrumento eloquente e luminoso para difundir o amor de Deus por todos em todos os lugares”
Redação (05/06/2021, 14:45, Gaudium Press) Amanhã, domingo, será beatificada irmã Maria Laura Mainetti, uma religiosa italiana martirizada por satanistas em 6 de junho de 2000. A beatificação ocorrerá na diocese de Como, na Itália, local onde viveu a nova Beata.
A Beata Maria Laura Mainetti
A Beata Maria Laura Mainetti, tinha 60 anos quando morta. Ela nasceu em Colico, Lecco, Itália, em 20 de agosto de 1939, pertencia à Congregação das Irmãs da Cruz.
Em seu labor apostólico, oferecia ajuda e orientação a jovens delinquentes.
Na ocasião do seu martírio ela era a superiora do convento de sua Congregação em Chiavenna e não deixava de prestar assistência a jovens extraviada.
Foi martirizada enquanto cumpria sua missão
Foi exercendo seu apostolado de atendimento e orientação que na noite de 6 de junho de 2000 recebeu um telefonema com um pedido de ajuda: eram três adolescentes que haviam sido suas alunas de catecismo que pediam ajuda.
Segundo disseram as adolescentes no telefonema, uma delas precisava de conversar com sua ex-professora. Ela havia sido estuprada, estava grávida e pensava em abortar o bebê. E elas, então, um encontro com a religiosa que deveria ser realizado em um parque da cidade.
Maria Laura se dispôs a atender a jovem e partiu para o encontro.
Uma emboscada com requintes de satanismo
Assim que chegou ao parque, a religiosa foi atacada pelas três adolescentes que lhe haviam preparado uma emboscada: Ambra Gianasso, de 16 anos, Milena De Giambattista, da mesma idade e Veronica Pietrobelli, de 17 anos.
As três ex-alunas de Irmã Mainetti a obrigaram a ajoelhar-se enquanto a provocavam com gritos e insultos antirreligiosos e ameaças.
Uma delas agrediu a Irmã de 60 anos com um tijolo enquanto outra, repetidamente, golpeava a cabeça da sexagenária contra uma parede e, por fim, a apunhalaram 19 vezes.
Uma punhalada a mais do que haviam programado.
Martírio como parte de um ritual satânico
De acordo com depoimentos prestados à polícia pelas três jovens era darem 18 punhaladas, 6 cada uma para, assim, formar o número 666, que é o número da besta do Apocalipse.
Também, conforme declararam as três adolescentes assassinas, durante a execução de seu martírio, a nova Beata rezava constantemente e que também as últimas palavras proferidas pela Beata Maria Laura Mainetti foram: “Senhor, perdoa-lhes”.
As três adolescentes assassinas disseram, ainda em seu depoimento, que o assassinato de Irmã Maria Laura fazia parte de uma espécie de jogo dentro de um ritual satânico.
As jovens assassinas revelaram também que o ritual que haviam preparado inicialmente tinha como alvo o pároco da cidade, mas, mudaram seus intentos e decidiram executar a religiosa seria mais fácil por tratar-se de uma mulher idosa e mais fraca que o sacerdote.
Durante as investigações, a polícia encontrou cadernos de anotações das três adolescentes assassinas repletos de escritos com frases e desenhos satânicos. Além disso o caderno trazia um juramento de sangue feito por elas alguns meses antes.
A cerimônia de beatificação de Maria Laura Mainetti
A cerimônia de beatificação será presidida pelo cardeal Marcello Semeraro, Prefeito da Congregação para as Causas dos Santos.
O bispo de Como, Dom Oscar Cantoni, concelebrará a Santa Missa de Beatificação junto com outros bispos e padres.
O evento religioso será realizado no campo desportivo da Câmara Municipal de Chiavenna e será transmitido ao vivo através pela televisão local e pela Rádio Maria.
Neste sábado, 5 de junho, às 16h30 haverá uma vigília de preparação para a beatificação para jovens a partir dos 16 anos. Na ocasião será exibido um filme com depoimentos sobre a vida e o trabalho apostólico da religiosa italiana.
No domingo, 06, às 15h, haverá um momento de reflexão com leituras, ensaios de cantos e textos que recordarão a vida da nova beata para ajudar os fiéis a preparar-se para a celebração em que a Irmã Maria Laura terá seu nome escrito no livro dos santos e beatos da Igreja.
A Beatificação será na Festa de Corpus Christi
Dom Oscar Cantoni, bispo de Como, disse que “não é por acaso que o dia da beatificação da Irmã Maria Laura coincide com a festa de Corpus Christi, memorial da festa das bodas do Cordeiro imolado e vitorioso”.
Recorda-se a solenidade de Corpus Christi é sempre transferida da quinta-feira para o domingo.
“Com a Eucaristia, disse o Prelado, “não somos nós que vivemos, mas Jesus que vive em nós: as nossas ações nascem da comunhão com Ele desde o momento em que fomos criados pela comunhão, dando-nos a nós próprios”.
Para o bispo, “isso é o que a Igreja tenta proclamar com nossa querida Irmã Maria Laura”. “Seu corpo, por meio de uma existência oferecida até o martírio, tornou-se instrumento eloquente e luminoso para difundir o amor de Deus por todos em todos os lugares”, informou a Agencia ACI.
(Com informações ACI – Foto Diocese de Como – Itália)
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