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As famílias são os verdadeiros seminários

Padre Rosini lamenta as poucas vocações na Cidade Eterna, mas seu diagnóstico parece muito preciso.

Foto: Pontifícia Universidade de Santa Cruz

Foto: Pontifícia Universidade de Santa Cruz

Redação (05/05/2023 14:42, Gaudium Press) Depois da ordenação, em 29 de abril, de 11 novos sacerdotes para a diocese de Roma, formados no Pontifício Seminário Romano Maior e no Colégio Diocesano Redemptoris Mater, o Padre Fábio Rosini, responsável pelas vocações pastorais do Vicariato de Roma, disse que “há pouco para se regozijar”, referindo-se à sua diocese, onde “a messe é abundante, mas os operários são poucos”.

Rosini afirma que a questão das vocações sacerdotais é um “desafio”, que se enfrenta de muitas maneiras há muito tempo. O sacerdote coloca o problema da seguinte maneira: se em Roma – coração do cristianismo católico, cidade de mais de três milhões de habitantes dividida aproximadamente em 340 paróquias – apenas onze sacerdotes são ordenados em um ano, considerando o aumento da idade sacerdotal média e de todos os presbíteros que atingem a idade de 75 anos ao completar seu serviço, “significa que dentro de alguns anos já não teremos sacerdotes suficientes para as paróquias.”

Essa falta de “vocações romanas mostra o estado de uma Igreja estéril”, sublinha. Na Cidade Eterna, não falta peixe para pescar, mas falta a própria água em que os peixes devem nadar.

“Quando assumi a responsabilidade por este serviço, em 2011, tentei entender os números reais e descobri que, nas paróquias, os grupos de jovens eram compostos, em média, por não mais do que uma dezena de jovens – conta o diretor do Serviço Vocacional do Vicariato de Roma. É evidente que não faltam vocações, não faltam seminaristas, mas que os grandes ausentes são os cristãos em geral”.

Portanto, não faltam tanto as vocações, mas o próprio povo de Deus. Ao não ter claro esse diagnóstico, corre-se o risco de “continuar fazendo uma pastoral vocacional que busca especializar um assunto inexistente e não cuidamos de fazer crescer o povo de Deus, continuamos a dar por garantida a fé, e a consequência é que não há vocações. Precisamos anunciar o Evangelho, formar cristãos”, ressaltou.

É mais uma questão de cristãos formados na família

Por isso, a análise, que é simples, não deixa de ser luminosa: as vocações são a consequência natural das famílias verdadeiramente cristãs. São como o florescimento natural de um cristianismo verdadeiramente impregnado na sociedade.

Segundo o Pe. Rossini, as famílias são “os verdadeiros seminários. É necessário realizar uma pastoral familiar ad hoc, porque se os jovens vierem de famílias verdadeiramente cristãs que rezam, se forem treinados no serviço e no perdão, então teremos excelentes sacerdotes. Mas se não partirmos de um encontro pessoal com Cristo, não teremos cristãos e, portanto, teremos cada vez menos sacerdotes”, conclui.

Com informações Agensir.it

 

 

 

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