Arcebispo Shevchuk: Quando os ocupantes russos invadem uma cidade, eles a destroem
Sua Beatitude Sviatoslav Shevchuk enviou uma mensagem nesta 131ª semana da guerra em grande escala que o exército russo está travando no território da Ucrânia.
Redação (23/08/2024 09:23, Gaudium Press) “Nós, juntamente com o povo, devemos deixar nossas igrejas com dor, mas olhamos para o futuro com esperança”, afirmou o primaz da Igreja Greco-Católica Ucraniana (UKGK), Sua Beatitude Sviatoslav Shevchuk, em uma mensagem durante a 131ª semana da guerra em grande escala que o exército russo está travando no território da Ucrânia.
O Arcebispo Maior de Kyiv-Halit observou que a semana passada foi particularmente marcada pela destruição de igrejas na Ucrânia. De acordo com declarações recentes da chancelaria do presidente do país, mais de 630 edifícios religiosos de várias denominações já foram destruídos na Ucrânia. E, infelizmente, esse número continua a aumentar diariamente.
“Na semana passada, também recebemos notícias dolorosas da aldeia de Antonivka, localizada no Oblast de Kherson, na costa do Dniepre, perto da famosa Ponte Antonivsky. Ficamos chocados com a destruição intencional da igreja pelos russos. Eles fizeram um reconhecimento e, vendo as pessoas reunidas ao redor do templo, deliberadamente o destruíram”, expressou com tristeza o chefe do UKGK.
Ele ressaltou que não é por acaso que o inimigo está tentando destruir centros religiosos, porque hoje eles representam a última esperança e apoio para os ucranianos. Diante dessas circunstâncias dramáticas, a sociedade ucraniana percebeu claramente a importância da Igreja, do sacerdote e da comunidade eclesial na vida da sofrida nação ucraniana, especialmente durante esta guerra brutal.
O Arcebispo Shevchuk mencionou a recente evacuação da comunidade greco-católica da cidade de Myrnoukrainsk, na província de Donetsk, bem como a evacuação forçada de várias pessoas da cidade de Pokrovsk. Apesar da igreja ter sido incendiada, o Santíssimo Sacramento sobreviveu; diante dEle, a adoração continua
“O problema é que os ocupantes russos, ao invadirem uma cidade, a destroem por completo. Eles agem como ondas de fogo que destroem tudo. Ninguém pode sobreviver em tais condições. O inimigo não gera nada, mesmo que se diga o contrário, mas adota uma política e tática de terra arrasada”, acrescentou o Arcebispo Maior de Kiev-Halit.
Dom Shvechuk assinalou as dificuldades enfrentadas pelos sacerdotes ao tomar decisões nestas circunstâncias: devem abandonar suas igrejas, cidades ou aldeias, ou devem permanecer e correr o risco de uma morte iminente.
“Um sacerdote é como o capitão de um navio, o último a desembarcar. Hoje posso testemunhar que nossos sacerdotes se comportam como verdadeiros pastores com o povo. Portanto, a confiança dos ucranianos, independentemente de sua denominação, nos sacerdotes, monges e religiosas da Igreja Greco-Católica Ucraniana está crescendo”, frisou o arcebispo ucraniano.
Com informações Aica/InfoCatolica
Deixe seu comentário