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Ângelus: como investir o tesouro da nossa vida

Comentando o Evangelho de Lucas (12,32-48) deste domingo, 10 de agosto, o Papa exortou a não guardar para si os dons que Deus nos deu, mas a usá-los generosamente para o bem dos outros.

Foto: Vatican News

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Redação (10/08/2025 10:29, Gaudium Press) Diante de milhares de fiéis reunidos sob o sol da Praça de São Pedro, o Papa presidiu a oração do Ângelus na janela do palácio apostólico. Antes disso, Leão XIV refletiu sobre o evangelho deste 19º domingo do tempo comum, extraído de São Lucas (12, 32-48), onde Jesus convida seus discípulos a venderem o que possuem para dar em esmola. Através de suas palavras, Cristo exorta “a não guardar para nós os dons que Deus nos deu, mas a empregá-los com generosidade para o bem dos outros, especialmente daqueles que mais precisam de nossa ajuda”, explicou o Papa. Não se trata apenas de compartilhar os bens materiais que possuímos, mas de colocar à disposição as nossas capacidades, o nosso tempo, o nosso afeto, a nossa presença, a nossa empatia”. Com feito, tudo o que possuímos “precisa ser cultivado e apoiado para poder crescer, caso contrário, torna-se árido e se desvaloriza”.

O dom de Deus “precisa de espaço, de liberdade, de relacionamentos para se realizar e se expressar: precisa do amor que transforma e enobrece todos os aspectos da nossa existência, tornando-nos cada vez mais semelhantes a Deus”, continuou Leão XIV.

O Papa ressaltou que as obras de misericórdia são o banco mais seguro e rentável onde podemos depositar o tesouro da nossa existência, pois nelas, como nos ensina o Evangelho, com ‘duas moedas’ até uma pobre viúva se torna a pessoa mais rica do mundo (cf. Mc 12,41-44).

Citando Santo Agostinho, explicou que o que se recebe, mais do que ouro e prata, é a vida eterna. Por isso, “na família, na paróquia, na escola e no local de trabalho, onde quer que estejamos, procuremos não perder nenhuma oportunidade para amar”, exortou Leão XIV. “É a vigilância que Jesus nos pede: habituarmo-nos a estar atentos, prontos, sensíveis uns aos outros, como Ele está para conosco a cada momento”.

Antes de recitar a oração do Ângelus, o Santo Padre convidou a confiar esse desejo e esse compromisso a Nossa Senhora: “que Ela, a Estrela da Manhã, nos ajude a ser, num mundo marcado por tantas divisões, ‘sentinelas’ da misericórdia e da paz, como nos ensinou São João Paulo II e como nos mostraram tão bem os jovens que vieram a Roma para o Jubileu”.

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