Angelus: apesar da pequenez do nosso amor, ofereçamo-lo ao Senhor
Neste domingo, 28 de julho, o Papa Francisco meditou o Evangelho do milagre da multiplicação dos pães. Fazendo um paralelo com a celebração da Missa, insistiu no momento da comunhão, como “fruto do dom de todos, transformado pelo Senhor em alimento para todos”.
Redação (28/07/2024 15:27, Gaudium Press) Neste 17º domingo do Tempo Comum, o Papa presidiu o Angelus, como o faz todos os domingos, da janela do Palácio Apostólico. Com base na passagem da multiplicação dos pães do Evangelho de São João, Francisco comparou esse milagre à Última Ceia de Cristo, cujos gestos são repetidos durante cada celebração da Missa: oferecer, dar graças e partilhar.
Oferecer
Primeiro, o verbo “oferecer”. Como o menino do Evangelho que oferece seus cinco pães e dois peixes para uma multidão inumerável, todos são chamados a reconhecer que têm “algo de bom para dar”, mesmo que seja “muito pouco em comparação com o que é necessário”, disse o Papa.
Durante a missa, quando o sacerdote oferece pão e vinho no altar, o Santo Padre recordou que “cada um oferece a si mesmo, oferece a própria vida”. É um gesto que pode parecer pouca coisa, “se pensarmos nas imensas necessidades da humanidade, como os cinco pães e os dois peixes diante de uma multidão de milhares de pessoas”, mas Deus faz disso a matéria para o milagre, o maior milagre que existe: aquele em que Ele mesmo se torna presente entre nós, para a salvação do mundo
Agradecer
Em seguida, Francisco evocou o segundo gesto, o de “agradecer”, o que significa dizer ao Senhor com humildade, mas também com alegria: Tudo o que tenho é dom teu Senhor, e para te agradecer só posso devolver-te o que por primeiro me deste, junto com teu Filho Jesus Cristo”. Apesar do imenso dom que Deus nos dá ao oferecer-nos o seu Filho Jesus Cristo, “cada um de nós pode acrescentar um pouco”, disse o Papa: o amor. “Apesar da pequenez do nosso amor, ofereçamo-lo ao Senhor”, continuou o Santo Padre.
Partilhar
Por fim, o terceiro gesto, o da partilha, manifesta-se durante a Missa, quando a assembleia recebe a comunhão, o Corpo e o Sangue de Cristo. Desta forma, “o fruto do dom de todos [é] transformado pelo Senhor em alimento para todos”, assegurou o Santo Padre.
Para Francisco, este momento de comunhão ensina “a viver cada gesto de amor como um dom de graça, tanto para quem dá quanto para quem recebe: uma oportunidade para crescer juntos como irmãos e irmãs, cada vez mais unidos na caridade”.
Antes de rezar o Angelus, o Papa propôs aos fiéis algumas perguntas para reflexão:
“Acredito realmente, pela graça de Deus, de ter algo único para dar aos meus irmãos, ou sinto-me anonimamente ‘um entre tantos’? Sou protagonista de um bem a ser doado? Sou agradecido ao Senhor pelos dons com os quais Ele continuamente manifesta a mim o seu amor? Vivo a partilha com os outros como um momento de encontro e de enriquecimento recíproco?”
Com informações Vatican news
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