Alemanha: Cardeal Marx agora pede diaconisas
As declarações e ações do cardeal Marx frequentemente provocam controvérsia entre os cardeais.
Redação (07/07/2022 15:01, Gaudium Press) Um exemplo característico do desvio de boa parte do episcopado alemão é o pedido do Cardeal Reinhard Marx, Arcebispo de Munique, que no sábado passado “vestiu a camisa” do diaconato feminino: “Acho que chegou o momento em que deve e tem de ser aberto a homens e mulheres”, disse ele referindo-se ao diaconato, segundo um relatório da Infocatolica citando Die Tagespot.
As palavras do purpurado foram proferidas em um serviço religioso em Munique, que comemorava o aniversário de Ellen Amman, uma política sueco-teutônica que, já em seu tempo (1870-1932), defendia o diaconato feminino.
Com essas declarações, o Cardeal Marx afina ainda mais seu pensamento com as diretrizes do questionado Caminho Sinodal Alemão.
Em relação a essas declarações que colidem com a tradição católica, o cardeal Marx já havia posto em dúvida a firmeza de todo o conteúdo do Catecismo da Igreja Católica, quando declarou à revista Stern que este “não é esculpido em pedra”, e que “é lícito ter dúvidas sobre o seu conteúdo”, afirmando também neste contexto que “a homossexualidade não é pecado”, sem fazer a distinção entre a pessoa homossexual e a prática da homossexualidade. Nesse sentido, o cardeal alemão tem se manifestado repetidamente a favor das bênçãos para casais homossexuais, algo recentemente censurado pelo Vaticano.
As declarações e ações do cardeal Marx frequentemente provocam controvérsia entre os cardeais. Por exemplo, em junho do ano passado, o Cardeal Gerhard Müller denunciou ser o Cardeal Marx responsável pelo fracasso sinodal na Alemanha.
No início deste ano, o cardeal Dominik Duka, arcebispo de Praga, acusou o cardeal Marx e a arquidiocese de Munique de terem “difamado o idoso pontífice [Bento XVI] e manchado sua reputação”, enquanto assinalava uma corrente de bispos alemães que usa os abusos sexuais como uma desculpa para atingir objetivos “políticos”.
As declarações agora feitas pelo Cardeal Marx já provocaram a reação de grupos como Maria 1.0, que reúne leigos alemães, que afirmaram, por meio de sua porta-voz, Clara Steinbrecher, que “gostaria que o Santo Padre se mantivesse firme, já que o Cardeal de Munique deu muitas voltas ao questionar o Magistério válido”.
“Os leigos estão muito surpresos com o clericalismo do Cardeal Marx, que sugere com suas declarações que as mulheres só têm direitos iguais na Igreja através de um ministério ordenado”, ressaltou Clara Steinbrecher.
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