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A Páscoa

Por isso mesmo, trazemos, ainda dentro do Tríduo Pascal, o artigo “Páscoa” esperando que sua leitura traga aos leitores –em meio aos dias misteriosamente desalentadores de hoje– o sentido católico para a vida, a luz da esperança cristã e as alegrias que só a Páscoa pode trazer.

Por isso mesmo, trazemos, ainda dentro do Tríduo Pascal, o artigo “Páscoa” esperando sua leitura traga aos leitores –em meio aos dias misteriosamente desalentadores de hoje– o sentido católico para a vida, a luz da esperança cristã e as alegrias que só a Páscoa pode trazer.

Redação (05/ 04/204,  10:50, Gaudium Press)  Há exatos 75 anos, no já longínquo ano de 1945, o eminente Professor Plínio Corrêa de Oliveira, escrevia para o jornal da Arquidiocese de São Paulo, “”O Legionário”, um artigo que, na simplicidade de seu título, trazia em poucas linhas muita profundidade e uma ocasião para meditações no período que nos conduz à nossa Redenção de Nosso Redentor Jesus Cristo.

Por isso mesmo, trazemos, ainda dentro do Tríduo Pascal, o artigo “Páscoa” esperando sua leitura traga aos leitores –em meio aos dias misteriosamente desalentadores de hoje– o sentido católico para a vida, a luz da esperança cristã e as alegrias que só a Páscoa pode trazer.

A regularidade com que se sucedem no calendário da Igreja os vários ciclos do ano litúrgico, imperturbáveis em sua sucessão, por mais que os acontecimentos da história humana variem em torno deles, e os altos e baixos da política e das finanças continuem sua corrida desordenada, é bem uma afirmação da celestial majestade da Igreja, sobranceira ao vaivém caprichoso das paixões humanas.

Sobranceira, não porém indiferente. Quando os dias dolorosos da Semana Santa transcorrem em quadras históricas tranquilas e felizes, a Igreja, como mãe solícita, se serve deles para reavivar em seus filhos a abnegação, o senso do sofrimento heroico, o espírito de renúncia à trivialidade quotidiana e o inteiro devotamento a ideais dignos de darem um sentido mais alto à vida humana. “Um sentido mais alto” não é bem dizer. É o único sentido que a vida tem: o sentido cristão.

A Igreja não é apenas Mãe quando nos ensina a grande missão austera do sofrimento. Ela também é Mãe quando, nos extremos de dor e aniquilação, Ela faz brilhar aos nossos olhos a luz da esperança cristã, abrindo diante de nós os horizontes serenos que a virtude da confiança põe aos olhos de todos os verdadeiros filhos de Deus.

Assim, a Santa Igreja se serve das alegrias, vibrantes e castíssimas da Páscoa, para fazer brilhar aos nossos olhos, mesmo nas tristezas da situação contemporânea, a certeza triunfal de que Deus é o supremo Senhor de todas as coisas, de que seu Cristo é o Rei da glória, que venceu a morte e esmagou o demônio, de que a sua Igreja é rainha de imensa majestade, capaz de se reerguer de todos os escombros, de dissipar todas as trevas, e de brilhar com mais luzidio triunfo, no momento preciso em que parecia aguardá-la a mais terrível, a mais irremediável das derrotas.

A alegria e a dor da alma resultam necessariamente do amor. O homem se alegra quando tem o que ama, e se entristece quando aquilo que ama lhe falta

O homem contemporâneo deita todo o seu amor em coisas de superfície, e por isso só os acontecimentos de superfície – da superfície mais próxima à sua minúscula pessoa – o emocionam. Assim, impressionam-no sobretudo suas desgraças pessoais e superficiais: a saúde abalada, a situação financeira vacilante, os amigos ingratos, as promoções que tardam, etc. De fato, porém, tudo isto é secundário para o verdadeiro católico que cuida antes de tudo da maior glória de Deus, e portanto da salvação de sua própria alma, e da exaltação da Igreja.

Por isso, o maior sofrimento do católico deve consistir na condição presente da Santa Igreja

Sem dúvida, essa situação apresenta muito de consolador. Entretanto, seria um erro negar que a apostasia geral das nações continua em um crescendo assustador; que a tendência ao paganismo se desenvolve vertiginosamente nas nações heréticas ou cismáticas que conservavam ainda alguns resquícios de substância cristã. Nas próprias fileiras católicas, ao par de um renascimento promissor, pode-se observar a marcha progressiva do neo-paganismo: depravam-se os costumes, limitam-se as famílias, pululam as seitas protestantes e espíritas.

A despeito de tantos motivos de tristezas, de motivos que fazem pressagiar, quiçá, para o mundo inteiro, uma catástrofe não distante, continua a esperança cristã. E a razão disto nos é ensinada pela própria festa de Páscoa.

Quando Nosso Senhor Jesus Cristo morreu, os judeus selaram sua sepultura, guarneceram-na com soldados, julgaram que estava tudo terminado

Em sua impiedade, eles negavam que Nosso Senhor fosse Filho de Deus, que fosse capaz de destruir a prisão sepulcral em que jazia, que, sobretudo, fosse capaz de passar da morte à vida. Ora, tudo isto se deu. Nosso Senhor ressuscitou sem qualquer auxílio humano, e sob seu império a pesada pedra da sepultura deslocou-se leve e rapidamente, como uma nuvem. E Ele ressurgiu.

Assim também a Igreja imortal pode ser aparentemente abandonada, enxovalhada, perseguida. Ela pode jazer, derrotada na aparência sob o peso sepulcral das mais pesadas provações. Ela tem em si mesma uma força interior e sobrenatural, que lhe vem de Deus, e que lhe assegura uma vitória tanto mais esplêndida quanto mais inesperada e completa.

Essa a grande lição do dia de hoje, o grande consolo para os homens retos que amam acima de tudo a Igreja de Deus:

Cristo morreu e ressuscitou.

A Igreja imortal ressurge de suas provações, gloriosa como Cristo, na radiosa aurora de sua Ressurreição

A regularidade com que se sucedem no calendário da Igreja os vários ciclos do ano litúrgico, imperturbáveis em sua sucessão, por mais que os acontecimentos da história humana variem em torno deles, e os altos e baixos da política e das finanças continuem sua corrida desordenada, é bem uma afirmação da celestial majestade da Igreja, sobranceira ao vaivém caprichoso das paixões humanas.

Sobranceira, não porém indiferente. Quando os dias dolorosos da Semana Santa transcorrem em quadras históricas tranqüilas e felizes, a Igreja, como mãe solícita, se serve deles para reavivar em seus filhos a abnegação, o senso do sofrimento heróico, o espírito de renúncia à trivialidade quotidiana e o inteiro devotamento a ideais dignos de darem um sentido mais alto à vida humana. “Um sentido mais alto” não é bem dizer. É o único sentido que a vida tem: o sentido cristão.

Mas a Igreja não é apenas Mãe quando nos ensina a grande missão austera do sofrimento. Ela também é Mãe quando, nos extremos de dor e aniquilação, Ela faz brilhar aos nossos olhos a luz da esperança cristã, abrindo diante de nós os horizontes serenos que a virtude da confiança põe aos olhos de todos os verdadeiros filhos de Deus.

Assim, a Santa Igreja se serve das alegrias, vibrantes e castíssimas da Páscoa, para fazer brilhar aos nossos olhos, mesmo nas tristezas da situação contemporânea, a certeza triunfal de que Deus é o supremo Senhor de todas as coisas, de que seu Cristo é o Rei da glória, que venceu a morte e esmagou o demônio, de que a sua Igreja é rainha de imensa majestade, capaz de se reerguer de todos os escombros, de dissipar todas as trevas, e de brilhar com mais luzidio triunfo, no momento preciso em que parecia aguardá-la a mais terrível, a mais irremediável das derrotas.

A alegria e a dor da alma resultam necessariamente do amor. O homem se alegra quando tem o que ama, e se entristece quando aquilo que ama lhe falta

O homem contemporâneo deita todo o seu amor em coisas de superfície, e por isso só os acontecimentos de superfície – da superfície mais próxima à sua minúscula pessoa – o emocionam. Assim, impressionam-no sobretudo suas desgraças pessoais e superficiais: a saúde abalada, a situação financeira vacilante, os amigos ingratos, as promoções que tardam, etc. De fato, porém, tudo isto é secundário para o verdadeiro católico que cuida antes de tudo da maior glória de Deus, e portanto da salvação de sua própria alma, e da exaltação da Igreja.

Por isso, o maior sofrimento do católico deve consistir na condição presente da Santa Igreja.

Sem dúvida, essa situação apresenta muito de consolador. Entretanto, seria um erro negar que a apostasia geral das nações continua em um crescendo assustador; que a tendência ao paganismo se desenvolve vertiginosamente nas nações heréticas ou cismáticas que conservavam ainda alguns resquícios de substância cristã. Nas próprias fileiras católicas, ao par de um renascimento promissor, pode-se observar a marcha progressiva do neo-paganismo: depravam-se os costumes, limitam-se as famílias, pululam as seitas protestantes e espíritas.

A despeito de tantos motivos de tristezas, de motivos que fazem pressagiar, quiçá, para o mundo inteiro, uma catástrofe não distante, continua a esperança cristã. E a razão disto nos é ensinada pela própria festa de Páscoa.

Quando Nosso Senhor Jesus Cristo morreu, os judeus selaram sua sepultura, guarneceram-na com soldados, julgaram que estava tudo terminado

Em sua impiedade, eles negavam que Nosso Senhor fosse Filho de Deus, que fosse capaz de destruir a prisão sepulcral em que jazia, que, sobretudo, fosse capaz de passar da morte à vida. Ora, tudo isto se deu. Nosso Senhor ressuscitou sem qualquer auxílio humano, e sob seu império a pesada pedra da sepultura deslocou-se leve e rapidamente, como uma nuvem. E Ele ressurgiu.

Assim também a Igreja imortal pode ser aparentemente abandonada, enxovalhada, perseguida. Ela pode jazer, derrotada na aparência sob o peso sepulcral das mais pesadas provações. Ela tem em si mesma uma força interior e sobrenatural, que lhe vem de Deus, e que lhe assegura uma vitória tanto mais esplêndida quanto mais inesperada e completa.

Essa a grande lição do dia de hoje, o grande consolo para os homens retos que amam acima de tudo a Igreja de Deus:

Cristo morreu e ressuscitou! A Igreja imortal ressurge de suas provações, gloriosa como Cristo, na radiosa aurora de sua Ressurreição.

Páscoa: afirmação da celestial majestade da Igreja, sobranceira ao vaivém caprichoso das paixões humanas

“A regularidade com que se sucedem no calendário da Igreja os vários ciclos do ano litúrgico, imperturbáveis em sua sucessão, por mais que os acontecimentos da história humana variem em torno deles, e os altos e baixos da política e das finanças continuem sua corrida desordenada, é bem uma afirmação da celestial majestade da Igreja, sobranceira ao vaivém caprichoso das paixões humanas.

Sobranceira, não, porém indiferente. Quando os dias dolorosos da Semana Santa transcorrem em quadras históricas tranquilas e felizes, a Igreja, como mãe solícita, se serve deles para reavivar em seus filhos a abnegação, o senso do sofrimento heroico, o espírito de renúncia à trivialidade quotidiana e o inteiro devotamento a ideais dignos de darem um sentido mais alto à vida humana. “Um sentido mais alto” não é bem dizer. É o único sentido que a vida tem: o sentido cristão.

A Igreja é Mãe e faz brilhar aos nossos olhos a a luz da esperança

 

Mas a Igreja não é apenas Mãe quando nos ensina a grande missão austera do sofrimento. Ela também é Mãe quando, nos extremos de dor e aniquilação, Ela faz brilhar aos nossos olhos a luz da esperança cristã, abrindo diante de nós os horizontes serenos que a virtude da confiança põe aos olhos de todos os verdadeiros filhos de Deus.

Assim, a Santa Igreja se serve das alegrias, vibrantes e castíssimas da Páscoa, para fazer brilhar aos nossos olhos, mesmo nas tristezas da situação contemporânea, a certeza triunfal de que Deus é o supremo Senhor de todas as coisas, de que seu Cristo é o Rei da glória, que venceu a morte e esmagou o demônio, de que a sua Igreja é rainha de imensa majestade, capaz de se reerguer de todos os escombros, de dissipar todas as trevas, e de brilhar com mais luzidio triunfo, no momento preciso em que parecia aguardá-la a mais terrível, a mais irremediável das derrotas.

A alegria e a dor da alma nascem do amor: o homem se alegra quando tem o que ama, e se entristece quando aquilo que ama lhe falta

A alegria e a dor da alma resultam necessariamente do amor. O homem se alegra quando tem o que ama, e se entristece quando aquilo que ama lhe falta.

O homem contemporâneo deita todo o seu amor em coisas de superfície, e por isso só os acontecimentos de superfície – da superfície mais próxima à sua minúscula pessoa – o emocionam. Assim, impressionam-no sobretudo suas desgraças pessoais e superficiais: a saúde abalada, a situação financeira vacilante, os amigos ingratos, as promoções que tardam, etc. De fato, porém, tudo isto é secundário para o verdadeiro católico que cuida antes de tudo da maior glória de Deus, e, portanto, da salvação de sua própria alma, e da exaltação da Igreja.

O maior sofrimento do católico deve estar na constatação das condições que a Igreja enfrenta

 

Por isso, o maior sofrimento do católico deve consistir na condição presente da Santa Igreja.

Sem dúvida, essa situação apresenta muito de consolador. Entretanto, seria um erro negar que a apostasia geral das nações continua em um crescendo assustador; que a tendência ao paganismo se desenvolve vertiginosamente nas nações heréticas ou cismáticas que conservavam ainda alguns resquícios de substância cristã.

Nas próprias fileiras católicas, ao par de um renascimento promissor, pode-se observar a marcha progressiva do neo-paganismo: depravam-se os costumes, limitam-se as famílias, pululam as seitas protestantes e espíritas.

Apesar das catástrofes e tristezas a Esperança nos é ensinada pela festa da Páscoa

A despeito de tantos motivos de tristezas, de motivos que fazem pressagiar, quiçá, para o mundo inteiro, uma catástrofe não distante, continua a esperança cristã. E a razão disto nos é ensinada pela própria festa de Páscoa.

Nosso Senhor ressuscitou sem auxílio humano, assim também é a Igreja: Ela tem uma força interior e sobrenatural, que lhe vem de Deus, e lhe assegura a vitória

Quando Nosso Senhor Jesus Cristo morreu, os judeus selaram sua sepultura, guarneceram-na com soldados, julgaram que estava tudo terminado.

Em sua impiedade, eles negavam que Nosso Senhor fosse Filho de Deus, que fosse capaz de destruir a prisão sepulcral em que jazia, que, sobretudo, fosse capaz de passar da morte à vida. Ora, tudo isto se deu. Nosso Senhor ressuscitou sem qualquer auxílio humano, e sob seu império a pesada pedra da sepultura deslocou-se leve e rapidamente, como uma nuvem. E Ele ressurgiu.

Assim também a Igreja imortal pode ser aparentemente abandonada, enxovalhada, perseguida. Ela pode jazer, derrotada na aparência sob o peso sepulcral das mais pesadas provações. Ela tem em si mesma uma força interior e sobrenatural, que lhe vem de Deus, e que lhe assegura uma vitória tanto mais esplêndida quanto mais inesperada e completa.

Essa a grande lição do dia de hoje, o grande consolo para os homens retos que amam acima de tudo a Igreja de Deus: Cristo morreu e ressuscitou.

A Igreja imortal ressurge de suas provações, gloriosa como Cristo, na radiosa aurora de sua Ressurreição. (JS)

(Fonte: “Legionário”)

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