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A maioria dos católicos acredita que em breve haverá uma divisão entre a Igreja alemã e a Igreja universal

A presidente do Comitê Central dos Católicos alemães diz que ela não vai se “dobrar”.

Foto: ZdK

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Redação (04/02/2023 12:16, Gaudium Press) O cisma de grande parte da Igreja alemã não é mais apenas circunscrito à convicção daqueles que acompanham o lamentável desvio, mas já penetrou nos amplos setores da opinião pública e numa grande parte dos católicos daquele país.

É assim que a Infocatolica relata, segundo informações do Die Tagespost, que 36% dos alemães esperam uma breve ruptura da Igreja alemã em relação à Igreja universal; 22%, não; 42% não sabem ou não querem opinar sobre o assunto.

Entre os católicos alemães, 42% acreditam que essa divisão ocorrerá em breve; 27% não acreditam e 29% não sabem dizer qual é sua posição sobre o assunto.

Mas esses temores de tão grande número não comovem em nada os líderes do chamado Caminho Sinodal Alemão, como Irme Stetter-Karp, presidente do Comitê Central dos Católicos Alemães, abortista e co-presidente deste Caminho Sinodal.

À dura carta, enviada pelos cardeais Ladaria, Ouellet e Parolin, aprovada por Francisco, alertando contra a criação de um órgão chamado Conselho Sinodal permanente, e às várias críticas de Roma sobre esse sínodo em particular, Stetter-Karp simplesmente disse que não pretende “se dobrar e renunciar nossa função motora”. Em declarações ao jornal “Südwest Presse” de Ulm, ela expressou que “sonhamos com uma Igreja que tenha coisas melhores a fazer do que defender seu poder”.

Este Conselho Sinodal, órgão misto de leigos-bispos, democraticamente eleito, tomaria “decisões fundamentais de importância supradiocesana, sobre programação pastoral, questões de futuro da Igreja e questões financeiras”, segundo o dito e o desejo do próprio Caminho Sinodal em si. Entretanto, os cardeais advertiram o presidente do episcopado alemão que “nem o Caminho Sinodal, nem qualquer órgão por ele instituído, nem nenhuma conferência episcopal tem competência para estabelecer o ‘Conselho Sinodal’ a nível nacional, diocesano ou paroquial”, Conselho Sinodal que “parece estar acima da autoridade da Conferência Episcopal e substituí-la de fato”, bem como a autoridade dos bispos em suas dioceses.

Mas a independência de Roma já é um fato estabelecido no Comitê Central dos Católicos Alemães (ZdK): diante das críticas dos Cardeais e das recentes declarações de Francisco à Associated Press, o vice-presidente do ZdK, Thomas Söding, mostrou-se surpreso com a acusação do Pontífice e dos cardeais da Cúria de que o projeto de reforma era elitista, ou seja, que não representava as grandes massas, mas apenas altos funcionários eclesiásticos. Söding afirmou que essas críticas vêm “precisamente daqueles que ocupam a mais alta posição elitista na Igreja”.

Como se chegou a essa situação de quase um episcopado inteiro com posições heterodoxas e em rebelião contra Roma?

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