“A Igreja nasce do testemunho, do sangue e da conversão contínua dos seus membros”, recorda Leão XIV

O Pontífice assegurou que a Igreja de Roma foi “gerada pelo testemunho dos Apóstolos Pedro e Paulo e fecundada pelo seu sangue e pelo de muitos mártires”.

Cidade do Vaticano (30/06/2025 12:45, Gaudium Press) Antes da recitação do Angelus no último domingo, 29 de junho, Solenidade dos Santos Apóstolos Pedro e Paulo, o Papa Leão XIV recordou que a Igreja nasce do testemunho, do sangue e da conversão contínua dos seus membros.

Diante dos fiéis reunidos na Praça São Pedro, o Pontífice afirmou que a Igreja de Roma foi “gerada pelo testemunho dos Apóstolos Pedro e Paulo e fecundada pelo seu sangue e pelo de muitos mártires”. Ele também destacou que ainda hoje há cristãos que, movidos pelo Evangelho, são capazes de gestos de grande generosidade e coragem, muitas vezes à custa da própria vida.

O que hoje nos parece grandioso e glorioso, antes foi descartado

Comentando a leitura do Evangelho do dia, o Santo Padre ressaltou que a pedra sobre a qual Pedro recebeu o próprio nome é Cristo. “Uma pedra rejeitada pelos homens e que Deus fez pedra angular.” Recordou ainda que tanto a Basílica de São Pedro como a de São Paulo foram erguidas “fora dos muros” da cidade antiga e “o que hoje nos parece grandioso e glorioso, antes foi descartado, porque estava em contradição com a lógica mundana”.

Segundo Leão XIV, seguir Nosso Senhor Jesus Cristo significa trilhar o caminho das bem-aventuranças, onde os pobres de espírito, os mansos, os misericordiosos e os que promovem a paz muitas vezes encontram oposição, incompreensão e até perseguição, “no entanto, a glória de Deus brilha nos seus amigos e os vai moldando, ao longo do caminho, de conversão em conversão”.

A santidade de São Pedro e São Paulo nasceu da experiência do perdão

O Papa assegurou que a santidade de São Pedro e São Paulo não nasceu da perfeição, mas da experiência do perdão. “O Novo Testamento não esconde os erros, as contradições, os pecados daqueles que veneramos como os maiores entre os Apóstolos. Na verdade, a sua grandeza foi moldada pelo perdão. O Ressuscitado foi buscá-los, mais do que uma vez, para os colocar de novo no seu caminho”, afirmou.

Concluindo sua reflexão, Leão XIV garantiu que “Jesus nunca chama apenas uma vez. É por isso que todos nós podemos sempre ter esperança, como também nos recorda o Jubileu”. Ele ainda fez um apelo à unidade na Igreja, que se alimenta do perdão e da confiança mútua. “Se Jesus confia em nós, também nós podemos confiar uns nos outros, em seu Nome”, frisou. Por fim, confiou o caminho da Igreja no mundo de hoje à intercessão dos Santos Pedro e Paulo, juntamente com Nossa Senhora. (EPC)