A história e o significado da medalha de São Bento
Em tempos difíceis como em situações de epidemias, pandemias, doenças e infestações do demônio, a medalha de São Bento é um escudo eficaz.
Redação (11/07/2023 10:22, Gaudium Press) A Medalha de São Bento é sacramental e poderoso instrumento de proteção contra o demônio, o pecado e toda espécie de males. Ao longo dos séculos, numerosos foram os testemunhos dos que alcançaram graças através desta Medalha: socorro em casos de doenças, proteção contra calúnias, feitiços e acidentes em viagens; conversões e exorcismos de pessoas, além de conceder graças especiais na hora da morte; entre outros inúmeros efeitos.
História da Medalha de São Bento
Sua origem remonta o seguinte fato. Certa vez, um homem, invejoso e inescrupuloso, quis tomar as terras pertencentes à ordem de São Bento na cidade alemã de Metten, onde existia um grande mosteiro. Para isso, recorreu a um grupo de feiticeiras que pediram ao pai da mentira que os arrancasse dali. Durante muito tempo as bruxas pediram ao demônio aquele feito, mas nada conseguiram.
Ora, querendo saber o motivo de não conseguir alcançar seu objetivo, o homem então perguntou a uma das mulheres, que lhe disse: “Nada podemos fazer nos locais onde certa cruz está inscrita”. Assustado, o homem voltou para casa e pouco tempo depois caiu doente. Na hora da morte confessou seus pecados e contou aos que estavam ao seu redor o fato. A notícia correu rapidamente pela região e quando foram averiguar, encontraram em diversas partes do convento a imagem da cruz de São Bento. Esta Cruz que no século XVII afugentou o inimigo infernal e protegeu o convento de Metten é a que encontramos hoje gravada na medalha de São Bento. Mais tarde, a imagem da Santa Cruz foi inserida por uma concessão do Papa Bento XIV (1741).
Oração da Medalha de São Bento em latim e português
Na face onde vemos a Cruz temos inscrito ao seu redor a palavra PAX (paz), ou seja, o lema da Ordem de São Bento (beneditinos). Às vezes, PAX é substituído pelo monograma de Cristo “IHS”. Assim, para entender a oração da Medalha de São Bento é necessário recorrer às inscrições da própria medalha. Entre os braços da Cruz há quatro iniciais (letras) “C.S.P.B.”, que significam “Crux Sancti Patris Benedicti” – “A Cruz do Santo Pai Bento”
Ao redor temos a oração de um exorcismo que está resumido nas letras:
“C.S.S.M.L”: “Crux Sacra Sit Mihi Lux” – “A Cruz sagrada seja minha luz”.
“N.D.S.M.D”: “Non Draco Sit Mihi Dux” – “Não seja o dragão meu guia”.
“V.R.S.N.S.M.V”: “Vade Retro Satana Nunquam Suade Mihi Vana” – “Retira-te Satanás, nunca me aconselhes coisas vãs!”
“S.M.Q.L.I.V.B” – “Sunt Mala Quae Libas Ipse Venena Bibas” – “É mau o que me ofereces, bebe tu mesmo os teus venenos!”.
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Não há registros de quando a medalha do Patriarca foi confeccionada por primeira vez; há apenas registros dessa confecção a partir do século XV. A versão final da medalha data do ano 1880, em comemoração dos 1400 do nascimento de São Bento. Por isso, é também chamada de “medalha do jubileu”. A inscrição “Vade retro Satana” indica suas propriedades exorcísticas. Tal medalha também é considerada por alguns como “medalha exorcística”.
Imagem e cruz da medalha de São Bento
No verso da medalha vemos a imagem de São Bento, segurando na mão esquerda o livro da Regra que ele escreveu para os monges e, na outra mão, sustenta uma Cruz; junto a ele vemos um cálice, do qual sai uma serpente, e um corvo. Estes dois símbolos relembram as duas tentativas de envenenamento do Santo.
Escritos ao redor da medalha de São Bento
Ao redor da Imagem de São Bento lê-se: “Eius In Obitu Nro Praesentia Muniamur” – “Sejamos confortados pela presença de São Bento na hora de nossa morte”. Um pedido que unido ao da Ave-Maria, “rogai por nós pecadores, agora e na hora de nossa morte”, nos enche de confiança no momento presente e na nossa hora derradeira, quando esperamos ouvir dos lábios do Divino Mestre: “Vinde, benditos de meu Pai”.
Como usar a medalha de São Bento?
A medalha de São Bento pode ser utilizada de acordo com as necessidades do fiel: seja no pescoço, junto ao rosário, no carro, junto ao chaveiro ou em qualquer lugar da casa, por exemplo.
Tentativa de morte e bênção de São Bento
Dois fatos estão gravados na medalha de São Bento. O primeiro ocorreu em um mosteiro próximo à gruta onde São Bento se refugiara, que estava sem abade. Os monges pediram que o Santo assumisse o cargo de superior, mas ele não queria aceitar, explicando que os seus costumes não iriam se harmonizar com os dos monges que levavam uma vida já solta e sem observância da regra. Mas depois de muita insistências dos religiosos, ele acabou aceitando.
Pois bem, São Bento começou então a exigir a observância dos costumes e da regra do mosteiro. Arrependidos pela escolha de tal superior, decidiram matá-lo, colocando veneno na taça de vinho. Quando o servo de Deus sentou-se à mesa, apresentaram-lhe a bebida. Seguindo o costume da casa, estendeu a mão e pronunciou a bênção. No mesmo instante a taça se espatifou, reduzindo-se a cacos. Compreendendo o que havia se passado, levantou-se tranquilamente e reuniu a comunidade, dizendo: “Deus tenha compaixão de vós, irmãos. Por que me quisestes fazer isto? Não vos disse eu previamente que não se harmonizariam os vossos costumes com os meus? Ide, e procurai para vós um Pai consoante à vossa vida; depois disto já não me podereis reter”. Assim, São Bento retornou para sua gruta.
A inveja de um sacerdote em relação a São Bento
O segundo fato gravado na medalha de São Bento é o de um sacerdote de uma igreja próxima ao mosteiro onde então morava São Bento, começou a invejar as virtudes do santo, e não conseguindo denegrir a pessoa do servo de Deus decidiu matá-lo enviando de presente um pão envenenado.
No momento das refeições, era costume aparecer um corvo que era alimentado diariamente com um pedaço de pão que recebia das mãos de São Bento. Naquele dia, no momento em que a ave apareceu, foi revelado ao santo o crime do presbítero invejoso. São Bento atirou para o corvo o pão inteiro e ordenou que o atirasse para longe, onde ninguém pudesse encontrá-lo. O pássaro tomou o pão no bico e voou para longe, voltando depois sem nada. (EPC)
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