A divindade de Cristo é o “Evereste da Fé”, assegura Cardeal Cantalamessa
“E vós, quem dizeis que eu sou? Jesus Cristo, verdadeiro Deus” foi o tema da terceira meditação da Quaresma ministrada pelo pregador da Casa Pontifícia.
Cidade do Vaticano (12/03/2021 16:47, Gaudium Press) Na manhã desta sexta-feira, 12 de março, o pregador da Casa Pontifícia, Cardeal Raniero Cantalamessa ministrou a terceira meditação da Quaresma. O tema desta reflexão, realizada na Sala Paulo VI, no Vaticano, com a presença do Papa Francisco e os membros da Cúria Romana, foi: “E vós, quem dizeis que eu sou? Jesus Cristo, verdadeiro Deus”.
A meditação de hoje teve como foco o dogma de Cristo “verdadeiro Deus”. Segundo o religioso, historiadores comprovam que, entre 111 ou 112 depois de Cristo, os cristãos já proclamam a divindade de Cristo. “A fé na divindade de Cristo nasce com o nascer da Igreja”.
Dogma da divindade de Cristo
O dogma da divindade de Cristo foi sancionado solenemente no Concílio de Niceia de 325. “O sentido profundo da definição de Niceia era que, em toda língua e em toda época, Cristo deve ser reconhecido como Deus no sentido mais forte e mais alto que a palavra ‘Deus’ tem em determinada língua e cultura, e não em qualquer outro sentido derivado e secundário”, ressaltou.
O pregador da Casa Pontifícia, afirma que devemos hoje em dia, devemos buscar despertar em nós a Fé na divindade de Cristo. “Uma Fé luminosa, não desfocada, ao mesmo tempo objetiva e subjetiva, isto é, não só crida, mas também vivida”. Para isso, o Cardeal recomenda a leitura do Evangelho.
A divindade de Cristo é o cume mais alto
Segundo o Cardeal Cantalamessa, a divindade de Cristo é o cume mais alto, é “o Evereste da Fé”. Ele destaca ainda que é muito mais difícil acreditar em um Deus nascido em um estábulo e morto em uma cruz do que acreditar em um Deus distante, “que cada um pode representar ao próprio gosto”.
O purpurado frisou ainda a necessidade de recriar as condições para uma retomada da Fé na divindade de Cristo. “Não basta repetir o Credo de Niceia; é preciso renovar o impulso de Fé que então se teve na divindade de Cristo e do qual não houve igual nos séculos.
Dois benefícios de se conhecer Cristo: a necessidade de sentido e de vida
Concluindo a meditação, Cardeal Cantalamessa pontuou dois benefícios de se conhecer Cristo: a necessidade de sentido e de vida. O religioso afirmou que no momento em que vai desaparecendo a juventude, a saúde, a fama, muitas pessoas se questionam sobre o sentido último da vida.
Como resposta, ele apresentou a seguinte afirmação de Jesus: “Eu sou a luz do mundo. Quem me segue, não caminha na escuridão” (Jo 8,12). “Quem crê em Cristo, tem a possibilidade de resistir à grande tentação da falta de sentido da vida, que frequentemente leva ao suicídio”, assegurou.
“Eu sou a ressurreição e a vida”
Outra fala de Nosso Senhor Jesus Cristo recordada pelo Cardeal é a seguinte: “Eu sou a ressurreição e a vida. Quem crê em mim, ainda que tenha morrido, viverá” (Jo 11,25). Mais tarde, São João evangelista escreveu aos cristãos destacando que o Filho de Deus é o verdadeiro Deus e a Vida eterna.
“Justamente porque Cristo é ‘verdadeiro Deus’, é também ‘vida eterna’ e dá a vida eterna. Isto não nos tira necessariamente o medo da morte, mas dá ao fiel a certeza de que a nossa vida não termina com ela”, concluiu Cantalamessa. (EPC)
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