Gaudium news > Papa Francisco encerra Sínodo com missa em São Pedro

Papa Francisco encerra Sínodo com missa em São Pedro

Cidade do Vaticano (Segunda-feira, 29-10-2018, Gaudium Press) Na missa na manhã do XXX Domingo do Tempo Comum, celebrada na Basílica de São Pedro, 28/10, cerca de sete mil pessoas participaram da celebração, quando se encerrava o Sínodo dos Bispos dedicado aos jovens.

Papa Francisco encerra Sínodo com missa em São Pedro.jpg

Durante sua homilia, Francisco centrou suas palavras no Evangelho do dia que narra o episódio da cura do cego Bartimeu. Ele propôs indicações aos padres sinodais e aos jovens para o caminho de fé da Igreja.

Bartimeu é o último que segue Jesus ao longo do caminho: “de mendigo na margem da estrada para Jericó, torna-se discípulo que vai juntamente com os outros para Jerusalém.”

O Pontífice disse que os ali presentes caminhamos juntos, ‘fizemos sínodo’ e agora este Evangelho corrobora três passos fundamentais no caminho da fé”: escutar, fazer-se próximo e testemunhar.

Escutar

“O primeiro passo para ajudar o caminho da fé: escutar. É o apostolado do ouvido: escutar, antes de falar”, ressaltou.
Referindo à atitude de muitos que estavam com Jesus, que repreenderam Bartimeu para que estivesse calado, disse que estes “seguiam Jesus, mas tinham em mente os seus projetos”, e que este é um risco do qual sempre devemos nos precaver.

Para Jesus, o grito de quem pede ajuda não é um transtorno que estorva o caminho, mas uma questão vital. Como é importante, para nós, escutar a vida! Os filhos do Pai celeste prestam ouvidos aos irmãos.

Ouvir com amor, com paciência, como Deus faz conosco, com as nossas orações muitas vezes repetitivas. Deus nunca Se cansa, sempre Se alegra quando O procuramos.

Peçamos, também nós, a graça dum coração dócil a escutar, exortou Francisco.

Fazer-se próximo

Fazer-se próximo foi o que apontou o Papa como sendo um segundo passo para acompanhar o caminho da fé.

Jesus “não delega a ninguém da ‘grande multidão’ que O seguia, mas encontra Ele pessoalmente Bartimeu. Diz-lhe: ‘Que queres que Eu faça por ti?’. (…) É assim que Deus procede, envolvendo-Se pessoalmente com um amor de predileção por cada um. Na sua maneira de proceder, ressalta já a sua mensagem: assim a fé germina na vida”.

A fé passa para a vida, lembrou o Papa:

“A fé é vida: é viver o amor de Deus que mudou a nossa existência. Não podemos ser doutrinaristas ou ativistas; somos chamados a levar para a frente a obra de Deus segundo o modo de Deus, na proximidade: unidos intimamente a Ele, em comunhão entre nós, próximo dos irmãos. Proximidade: aqui está o segredo para transmitir, não algum aspeto secundário, mas o coração da fé. “

“E, quando por amor d’Ele também nós nos fazemos próximo, tornamo-nos portadores de vida nova: não mestres de todos, não especialistas do sagrado, mas testemunhas do amor que salva”, observou ainda o Papa.

Testemunho

“Testemunhar é o terceiro passo”, “não é cristão esperar que os irmãos inquietos batam às nossas portas; somos nós que devemos ir ter com eles, não lhes levando a nós mesmos, mas Jesus. Ele manda-nos, como aqueles discípulos, para encorajar e levantar em seu nome. Manda-nos dizer a cada um: ‘Deus pede para te deixares amar por Ele'”, frisou Francisco, que continuou:

“Quantas vezes, em vez desta mensagem libertadora de salvação, nos levamos a nós mesmos, nossas ‘receitas’, nossas ‘etiquetas’ na Igreja! Quantas vezes, em vez de fazer nossas as palavras do Senhor, despachamos como palavra d’Ele as nossas ideias!

Quantas vezes as pessoas sentem mais o peso das nossas instituições que a presença amiga de Jesus! Então aparecemos como uma ONG, uma organização parestatal, e não como a comunidade dos redimidos que vivem a alegria do Senhor.”

Ouvir, fazer-se próximo, testemunhar.
“Então serão eficazes, não as nossas homilias, mas o testemunho da nossa vida”, concluiu. (JSG)

Da Redação Gaudium Press, com informações VaticanNews)

 

Deixe seu comentário

Notícias Relacionadas