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Caritas: Com morte de milhares de crianças, sofrimento na Venezuela é “de partir o coração”

Fátima – Portugal (Quarta-feira, 05-09-2018, Gaudium Press) – A representante da Caritas na Venezuela, irmã Maria José Gonzalez, encontra-se em Portugal com o intuito de apontar para os portugueses o sofrimento pelo qual passa a população venezuelana.

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Desde Fátima, a religiosa denunciou o sofrimento “de partir o coração” que atinge a população daquele país sul-americano.

Em suas declarações à imprensa, a religiosa salientou que se trata “um sofrimento de partir o coração, porque atinge os mais vulneráveis, os que vão sofrer danos irreversíveis, as crianças até aos 5 anos. Pedimos que a comunidade internacional torne esta crise visível”, afirmou a religiosa católica, incriminando os atuais dirigentes desse país que até bem pouco era considerado como o mais rico e próspero da América do Sul.

Como é sabido, a comunidade de emigrantes portugueses na Venezuela é das maiores do país.

Por isso ela pretende fazer esta denúncia no Portugal continental e também nas Ilhas. Depois de ter iniciado sua viagem por Lisboa irmã Maria José deverá seguir para a Ilha da Madeira de onde saiu a maioria dos emigrantes que rumaram para a Venezuela.

Os Fatos

“A Venezuela vive agora uma das crises mais terríveis da sua história recente”, observa a irmã Maria José Gonzalez, denunciando a “pobreza extrema” da população, a “destruição da sua saúde” e a “violação dos seus direitos fundamentais”.

Segundo a representante da Caritas da Venezuela, cerca de 170 mil crianças morreram por falta de alimento, desde o início da atual crise económica e política.

Doenças que eram consideradas erradicadas do país como, por exemplo, a tuberculose, a malária e sarampo voltaram a grassar de modo epidêmico entre a população.

A imigração, um dos problemas que se tornaram mais visíveis nos últimos meses, chega agora às camadas populacionais “mais vulneráveis”. Membros desta comunidade deixam o país sem passaporte nem “possibilidade de sobreviver”.

Caritas da Venezuela

A Caritas da Venezuela desenvolve um programa intenso de acompanhamento das crianças em situação de subnutrição, por um período de 8 a 12 semanas, com o intuito de “salvar vidas”.

Além disso oferece refeições para a população mais carente e sem condições de reverter a própria situação.

Irmã Maria José Gonzalez, sublinha que é essencial compreender que os venezuelanos não estão emigrando com o desejo de “fazer turismo”, mas é uma “emigração forçada”, deliberada depois que tomam consciência das consequências futuras que lhe advirão em breve.

Em 2017, a Caritas Portuguesa enviou um apoio de cerca de 50 mil euros para a sua congénere da Venezuela, no sentido de ajudar a uma resposta de emergência a cerca de 24 mil pessoas em situação de carência social e económica. (JSG)

(Da Redação Gaudium Press, com informações Agencia Ecclesia)

 

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