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Madre Teresa de Calcutá: servir Cristo nos mais pobres entre os pobres

Roma (Terça-feira, 04-09-2018, Gaudium Press) No dia de hoje, 04 de setembro, em 2016, Madre Teresa de Calcutá foi declarada santa pelo Papa Francisco.
A canonização foi em 14 de setembro de 2016, na Praça São Pedro, quando preparava-se para encerrar o Jubileu da Misericórdia.

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Na ocasião o Papa afirmou que “Madre Teresa […] inclinou-se sobre as pessoas indefesas, deixadas moribundas à beira da estrada, reconhecendo a dignidade que Deus lhes dera […]. A sua missão nas periferias das cidades e nas periferias existenciais permanece nos nossos dias como um testemunho eloquente da proximidade de Deus junto dos mais pobres entre os pobres […]

Santa Teresa de Calcutá

Agnes Gonxha Bojaxhiu nasceu em Skopje, hoje Macedônia, no dia 26 de agosto de 1910, em uma família albanesa originária de Kosovo. Decidiu tornar-se religiosa aos 18 anos e entrou na ordem das Irmãs de Loreto, onde recebeu o nome de irmã Mary Teresa, em homenagem à Santa Teresa de Lisieux.

As Missionárias da Caridade
No ano de 1946, Madre Teresa recebeu a “chamada no chamado” que a levou a fundar, alguns anos depois uma comunidade religiosa à qual denominou Missionárias da Caridade que logo foi reconhecida oficialmente na Arquidiocese de Calcutá.

As Missionárias da Caridade, conhecidas como as Irmãs de Madre Teresa, são cerca de seis mil no mundo e, hoje, estão presentes em 130 países.

Em 1948, a pequena irmã do sorriso iluminado vestiu pela primeira vez o sari branco bordado de azul e saiu do convento para as periferias degradadas de Calcutá, para se dedicar para sempre aos mais pobres.

Madre Teresa saía sempre com o terço nas mãos, para buscar e servir a Ele naqueles que “não são desejados, não são amados, não são cuidados”.
Poucos meses depois, uniram-se a ela algumas suas ex-alunas.

Paulo VI deu a ela a concessão para que as atividades das Missionárias da Caridade se espalhassem para fora da Índia.
Todos lembravam dela como uma mulher pequena, delicada, com seu sari branco e azul, mas cuja grandeza conquistava o coração das pessoas no mundo inteiro, mesmo nos que não crêem.

Sua notoriedade cresceu e isso muito deveu-se a sua amizade com São João Paulo II.

Defesa da Vida

Apesar de religiosa, ela recebeu da sociedade civil e laica o Prêmio Nobel da Paz em 1979, “pelo seu serviço pelos pobres e com os pobres”.

Na ocasião de receber seu prêmio, ela usou seu discurso de agradecimento para lançar uma mensagem na qual falou do aborto, defendendo a vida.

Tornou-se célebre sua frase:

“E se nós aceitamos que uma mãe pode matar até mesmo o seu próprio filho, como é que podemos dizer às outras pessoas para não se matarem?”.

Ela dedicou, de fato, sua atuação em defesa a vida contra o aborto: um compromisso que durou toda a vida e que foi recordado por São João Paulo II na homilia por ocasião da sua beatificação:

“Costumava dizer: ‘Se ouvirem que alguma mulher não deseja ter o seu filho e pretende abortar, procurem convencê-la a trazê-lo para mim. Eu o amarei, vendo nele o sinal do amor de Deus”.

Beatificação

Menos de dois anos depois da sua morte, por causa da sua grande fama de santidade e das graças obtidas pela sua intercessão, São João Paulo II permitiu a abertura da Causa de Canonização.

Em 19 de outubro de 2003 foi proclamada beata.

Nesta ocasião foram palavras do Santo Padre:

“Estou pessoalmente grato a esta mulher corajosa, que senti sempre ao meu lado […] ia a toda a parte para servir Cristo nos mais pobres entre os pobres.
Nem conflitos nem guerras conseguiam ser um impedimento para ela […]
Ela escolheu ser não apenas a menor, mas a serva dos mais pequeninos […].
Sua grandeza reside na sua capacidade de doar sem calcular o custo, de se doar ‘até doer’.
A sua vida foi uma vivência radical e uma proclamação audaciosa do Evangelho”.

Ainda hoje, os sinais da sua presença são tangíveis através das suas obras que as Missionárias da Caridade levam adiante em todo o mundo. (JSG)

 

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