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A Leitura Orante enlaça a Bíblia e a Catequese, diz Arcebispo de Curitiba

Curitiba – Paraná (Segunda-feira, 23-07-2018, Gaudium Press) Em artigo publicado na revista “Bote Fé” – publicação da Edições CNBB, que conta com a colaboração da assessoria de imprensa da entidade -, o Arcebispo de Curitiba, Dom José Antônio Peruzzo, aborda o tema “Bíblia e Catequese”.

A Leitura Orante enlaça a Bíblia e a Catequese, diz Arcebispo de Curitiba

Em meio ao mês vocacional, celebrado em agosto, Dom Peruzzo, que é também presidente da Comissão para a Animação Bíblico-Catequética da CNBB, acentua, especialmente, que se os pastores e catequistas falarem de Jesus Cristo com fascínio e afeto por Ele, podem acender às belas experiências evangelizadoras de São Paulo.

Sendo assim, conforme o prelado, a Leitura Orante da Palavra enlaça fortemente a Bíblia e a Catequese.

“Já se vão muitas décadas que apontam para grande crescimento do interesse pela Palavra de Deus nos ambientes de evangelização. A necessidade e o cuidado pela atenção doutrinal não eram suficientes para promover e salvaguardar profundas experiências de fé e de encontros pessoais com Jesus Cristo. O processo de secularização ainda não havia mostrado toda a sua agressividade. Sua potência disruptiva ainda não era conhecido em toda a sua força”, escreve, logo no início do texto.

Em seguida, Dom Peruzzo lembra que agora vivemos outros tempos e “muito já se falou da ‘mudança de época’ e de seus efeitos multiplicadores”. “As verdades seguras, também chamadas de perenes, parecem escorrer como água entre os dedos. As conquistas científicas e tecnológicas surpreendem a cada dia. Por muitos motivos poderíamos pensar que, com tantos avanços, tudo seria mais sereno e mais feliz. Mas as contradições e contrastes também se acentuam. E nossas sociedades parecem se deparar, por um lado com mais recursos e, por outro, com mais marginalidades. É em contextos assim que os cristãos são chamados e enviados a evangelizar”.

“Também as tradições culturais, religiosas e familiares são golpeadas. Falar de Deus, de Jesus Cristo, de amor, de perdão, de fraternidade, de família, etc., tudo está a pedir novas experiências porque quase tudo está a receber novas significações. Em quadros assim, para onde irá a Catequese? Como ser eco da voz do Senhor? Perguntas assim assemelham-se àquelas de muitos pais que estão quase todos os dias a se perguntar acerca dos melhores caminhos para a educação dos seus filhos”, acrescenta.

Ainda no artigo, o arcebispo recorda que não é a primeira vez que a mensagem do Evangelho se vê confrontada com realidades adversas.

“O diálogo escrito de Paulo com os Coríntios aponta para situação semelhante, ao mesmo tempo que sugere um caminho: “Pois tanto os judeus pedem sinais, como os gregos buscam sabedoria. Nós, porém, proclamamos Cristo crucificado, escândalo para os judeus e loucura para os pagãos” (1Cor 1,22-23). A semelhança está no caráter contrastante da mensagem. O caminho está no que Paulo proclama. Ele simplesmente proclamava a pessoa de Jesus Cristo. Mas… o evangelizador de hoje poderia perguntar: ‘qual a novidade?'”, pergunta

Realmente, continua, “no tempo do apóstolo havia uma novidade de conteúdo, o crucificado e ressuscitado. Mas também havia uma outra. Era a afeição e paixão de Paulo pela pessoa de Jesus Cristo. Ele convencia não pelo caráter persuasivo dos seus argumentos. Ele falava com alegria da pessoa que ele conhecera. A sua palavra resultava de um encontro pessoal com o Senhor. Não tenho dúvidas de que seria esta a recomendação que ele, Paulo, nos deixaria”. (LMI)

Da redação Gaudium Press, com informações da CNBB

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