São Bento definido por São Gregório como “um astro luminoso”
Cidade do Vaticano (Quarta-feira, 11-07-2018, Gaudium Press) No dia da memória da trasladação do corpo de São Bento de Núrsia, o fundador da ordem beneditina continua a representar uma esperança para os moradores dos lugares onde viveu e que foram destruídos por um terremoto que atingiu parte da Itália central, em 2016.
Os moradores reconstroem a Basílica dedicada ao padroeiro da Europa e põem sua esperança nele.
“Um astro luminoso em um século obscuro”
São Bento nasceu em Núrsia por volta do ano 480 d.C. e foi definido por São Gregório como “um astro luminoso” em uma época dilacerada por uma grave crise de valores.
De fato, os ensinamentos de São Bento foram uma das alavancas mais poderosas, após o declínio da civilização romana, para o nascimento da cultura europeia.
A obra mais importante de São Bento, irmão de Santa Escolástica, foi a composição da Regra escrita por volta do ano 530 d.C.
Trata-se de um Manual, um código de orações para a vida monacal.
O santo exorta os monges a “ouvirem com o coração” e a “jamais perderem a esperança na misericórdia de Deus”.
A sua intenção se tornou não só um farol do monacato, mas também uma fonte providencial de esperança para os pobres e peregrinos e, portanto, para reanimar o destino do Velho Continente.
Francisco lembra São Bento
“O santo exorta os monges a “ouvirem com o coração” e a “jamais perderem a esperança na misericórdia de Deus”. ” Bento trouxe a novidade, depois dos excessos do período romano e das violências dos bárbaros, ao não olhar “à condição social nem à riqueza”, mas ao “sentido da pessoa, constituída à imagem de Deus”, afirmou Papa Francisco por ocasião da conferência (Re)Thinking Europe em outubro de 2017.
Foi nesta ocasião que o Papa recordou que os ensinamentos de São Bento foram fundamentais para a construção de mosteiros, tornando-se depois o “berço do renascimento humano, cultural, religioso e também econômico do continente”.
E é o renascimento o ponto comum que liga a vida de São Bento a tudo o que o santo continua a representar para Núrsia e arredores, afirmou Francisco.
Para o Papa, o terremoto de 30 de outubro de 2016, que destruiu a Basílica de São Bento e várias cidades nos arredores, não desanimou seus moradores, ao contrário, continuam a ir adiante e a viver, levados pela vontade de reconstruir e renascer.
“Reconstruir: uma palavra que virou um refrão para os moradores” disse o Papa Francisco em 5 de janeiro de 2017 encontrando na Sala Paulo VI a população atingida pelo terremoto.
“Reconstruir os corações antes das casas”, recomendou o Papa.
(JSG)
(Da Redação Gaudium Press, com informações Vatican News)
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