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Violência na África aumenta número de pessoas com problemas mentais, avalia congregação sinodal

Cidade do Vaticano (Segunda, 12-10-2009, Gaudium Press) A décima primeira congregação geral do Sínodo dos Bispos para a África teve hoje pela manhã com a presença de 221 Padres sinodais. Bento XVI participou da assembleia matinal, e, depois, às 10:30 durante o intervalo, recebeu em audiência os participantes dos Círculos Menores Gallius C e Gallius D. A Congregação se concluiu com uma oração do Ângelus.

O cardeal Wilfred Fox Napier, O.F.M., arcebispo de Durban, na África do Sul, falou sobre o problema dos partidos políticos que querem manter o poder e para isto criam conflitos, golpes de estado e, como conseqüência, arruinam o país. Isto também acontece em Botsuana, Angola, Zimbábue e Moçambique.

Mons. Antonio Maria Vegliò, arcebispo titular de Eclano e presidente do Pontifício Conselho da Pastoral para os Migrantes e os Itinerantes, falou sobre a questão dos migrantes, refugiados e dos desabrigados. Ele ressaltou que “o respeito aos direitos humanos, aos princípios democráticos e ao estado de direito, uma boa governança, o aprofundamento do diálogo político e o reforço da cooperação internacional representam as linhas guias nas quais caminham o presente e o futuro da África.”

Na verdade, uma “boa governança” é o ue de fato não existe em tantos países africanos, como observou o cardeal John Njue, arcebispo de Nairobi e presidente da Conferência Episcopal do Quênia. Segundo ele, há problemas com a corrupção e com a manipulação das pessoas contra os quais a Igreja Católica no Quênia e em outros países africanos já se manifestaram de diversas formas, inclusive escrevendo cartas aos governos.

A segunda “voz vaticana” veio com a intervenção de Mons. Gianfranco Ravasi, arcebispo titular de Villamagna di Proconsolare e presidente do Pontifício Conselho da Cultura. Ele falou sobre a “multiculturação” e a “multireligiosidade” do continente africano, como expressa na diversidade das línguas. Pediu aos padres sinodais participantes “para cuidarem da própria identidade cultural e espiritual, impedindo que essa se dissolva no vento da secularização e da globalização que sopra com força sobre as 53 nações africanas.”

Depois das intervenções dos padres sinodais de hoje pela manhã, também falaram os auditores. Um deles falou sobre o problema do HIV, da necessidade de instruir as pessoas doentes de que isto não significa o fim de suas vidas, de dar esperança e consciência e de como podem se tratar. Outro, por sua vez, observou o problema do aumento das doenças mentais como decorrência de violência sobre as pessoas.

À tarde acontece a décima segunda congregação geral, com a intervenção especial de Jacques Diouf, diretor geral da Organização das Nações Unidas para a Agricultura e a Alimentação (FAO).

Desde o início da II Assembleia Geral do Sínodo sobre a África os temas principais foram, por número de vezes em que foram citados: paz (402), justiça (345), Cristo (346), Jesus (119), guerra (158), amor (122). Outros temas também tratados foram, como exorcismo, crianças, crianças soldados, esperança, zelo dos sacerdotes, prostituição, escolas, prisão, diálogo, religiões tradicionais, economia, violência, mulheres, AIDS/HIV, educação e islamismo.

 

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