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Papa: "Acusar alguém por inveja é veneno mortal"

Cidade do Vaticano, (Segunda-feira, 11-06-2018, Gaudium Press) “Pode acontecer que a forte inveja pela bondade ou pelas boas ações de alguém leve uma pessoa a acusar falsamente outra. Este é o verdadeiro veneno mortal: a malícia premeditada que destrói a boa fama do outro”, estas foram palavras do Papa Francisco pronunciadas diante de milhares de fiéis que lotavam a Praça de São Pedro, no último Angelus, 10-06, enquanto comentava o Evangelho de São Marcos, proposto para o dia.

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As reflexões de Francisco giraram em torno dos dois tipos de incompreensão que Jesus enfrentou e que são uma advertência para todos nós, disse: a dos escribas e a de seus próprios familiares.

Falar mal do outro: tentação e confessionário

“Deus nos liberte desta terrível tentação… e se examinando nossa consciência, percebermos que esta semente maligna esta germinando dentro de nós, corramos a confessá-lo no sacramento da Penitência, antes que cresça e produza efeitos ruins. Isso é incurável”.

Francisco lembrou para a multidão que os escribas eram homens instruídos na lei e nas Sagradas Escrituras e eram encarregados de explicá-las ao povo.

Alguns deles foram enviados à Galileia, onde a fama de Jesus começava a se alastrar. A missão deles era desacreditar Jesus e destruí-Lo”.

Negar o Amor de Deus que existe e atua em Jesus é blasfemar

“Estes escribas chegaram com uma acusação terrível. Diziam que Jesus estava possuído por Belzebu e que expulsava os demônios pelo príncipe dos demônios. Ou seja, afirmavam que ‘este homem é um endiabrado’.

Realmente Nosso Senhor “curava muitos doentes… mas queriam fazer crer que Ele o fazia com o Espírito de Satanás”.

A esta investida -aqui sim, satânica- Jesus não tolerou e reagiu com palavras fortes, pois os escribas, na verdade, estavam caindo no pecado mais grave que existe: negar e blasfemar o Amor de Deus que existe e atua em Jesus.

E, como se sabe, ” O pecado contra o Espírito Santo é o único pecado imperdoável, porque parte do fechamento do coração à misericórdia de Deus que age em Jesus “

A isto o Papa acrescentou exortando:
“Fiquem atentos, vocês, porque este comportamento destrói famílias, amizades, comunidades e até mesmo a sociedade”.

Incompreensão da família e respeito ao Senhor

Em seguida, Francisco evidenciou outra incompreensão sofrida por Jesus: a de seus parentes e familiares, “que estavam preocupados porque a sua nova vida de itinerante lhes parecia uma loucura e ele não tinha nem tempo para comer”.

Quando o procuram para levá-lo de volta a Nazaré, Jesus olha para as pessoas que estavam à sua volta e afirma: “Eis minha mãe e meus irmãos!”.

” Aquele que faz a vontade de Deus é irmão, irmã e mãe para mim “

“Jesus formou uma nova família, não mais baseada em relações naturais, mas na fé Nele, em seu amor que nos acolhe e nos une, no Espírito Santo. Todos aqueles que acolhem a palavra de Jesus são filhos de Deus e irmãos entre si”, destacou Francisco, segundo quem “aquela resposta de Jesus não foi uma falta de respeito por sua mãe e seus parentes; ao contrário. Para Maria, foi o maior reconhecimento, porque precisamente ela é a perfeita discípula que obedeceu totalmente à vontade de Deus”. (JSG)

(Da Redação Gaudium Press, com informações Vatican News)

 

 

 

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