São Justino: Mártir, Padre da Igreja, Filósofo
Da Redação – Gaudium Press (Segunda-feira, 01-06-2018, Gaudium Press) Em Siquém Abrão ergueu o primeiro altar, junto ao carvalho de Mambré, após ter entrado na terra prometida por Deus.(1) Séculos mais tarde o rei Joroboão construiu no mesmo lugar a cidade de Siquém. Foi nela, também, que nasceu um jovem chamado Justino, por volta do ano 100 da era cristã. São Justino teve uma educação esmerada, seus pais de origem grega eram pagãos e tinham muitas posses, motivo pelo qual ele pôde se dedicar aos estudos, inteiramente.
Tornou-se um filósofo respeitado. Procurava descobrir através de seus conhecimentos o que é a verdade e dela empenhava-se em fazer a razão de sua vida. Providencialmente, certo dia, foi abordado por um ancião desconhecido, que revelou-lhe o dilema que nosso santo levava em sua alma. Quais eram às suas perplexidades diante da existência humana. Este personagem aconselhou-o a ler os escritos dos Profetas que traziam o anúncio da Verdade: Nosso Senhor Jesus Cristo.
Seguindo o conselho deste misterioso personagem São Justino encontrou nas Sagradas Escrituras a Verdade que procurava e aos trinta anos converteu-se ao cristianismo. Foi a Roma e lá fundou uma escola, onde gratuitamente ensinava a nova doutrina, cheia de sabedoria.
Justino, por sua luta em favor da doutrina de Nosso Senhor Jesus Cristo, foi denunciado às autoridades romanas. O próprio prefeito de Roma Rústico, antes de seu martírio, tentou demove-lo de sua posição cristã.
Encontramos das Atas do martírio de Santo Justino e seus companheiros esse diálogo com o prefeito Rústico que tentava faze-lo renegar a sua fé em Jesus Cristo:
– Rústico perguntou: “Então tu és cristão”?
– Justino afirmou: “Sim, sou cristão”.
– O prefeito disse a Justino: “Ouve, tu que és tido por sábio e julgas conhecer a verdadeira doutrina: se fores flagelado e decapitado, está convencido de que subirás ao céu”?
– Disse Justino: “Espero entrar naquela morada, se tiver de sofrer o que dizes. Pois sei que para todos os que viverem santamente está reservada a recompensa de Deus até o fim do mundo inteiro”.
– O prefeito rústico continuou: “Então, tu supões que hás de subir ao céu para receber algum premio em retribuição”?
– Justino respondeu-lhe: “Não suponho, tenho a maior certeza”. (2)
São Justino recebeu a palma do martírio no ano de 167, sob o reinado de Marco Aurélio. Ainda hoje se conservam de seus escritos duas obras: as ‘Apologias’ e o ‘Diálogo com o Judeu Trifão.
Por Simão Bosco Dourado
1. Gn12
2. Cap1-5: cf. Pg6, 1566-1571)
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