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Papa Francisco: O médico católico é primeiramente uma testemunha de Fé

Cidade do Vaticano (Terça-feira, 29-05-2018, Gaudium Press) Uma delegação da Federação Internacional de Associações Médicas Católicas (FIAMC), tendo em vista o se 25° Congresso que que terá início em Zagreb, Croácia, entre os dias 30 de maio e 2 de junho, foi recebida pelo Papa Francisco.

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O tema deste 25º Congresso será “Santidade da vida e profissão médica desde a Humanae Vitae à Laudato si”. A Audiência transcorreu na segunda-feira (28/05), na Sala dos Papas, no Vaticano.

O Papa agradeceu as palavras do Presidente da FIAMC, Dr. John Lee, e logo afirmou que os médicos católicos devem ter “uma permanente formação espiritual, moral e bioética, a fim de implementar os princípios do Evangelho na prática médica, desde a relação médico-paciente até a atividade missionária a fim de melhorar as condições de saúde das populações nas periferias do mundo”.

Medicina com espírito de Fé

“O seu trabalho é uma forma peculiar de solidariedade humana e testemunho cristão. O seu trabalho é enriquecido com o espírito de fé. É importante que as suas associações conscientizem os estudantes de medicina e os médicos jovens a esses princípios, envolvendo-os nas atividades associativas”, aconselhou, logo no início, o Santo Padre.

E logo continuou o Papa, ainda orientando:

“Ser médicos católicos é sentir-se agentes de saúde que, da fé e da comunhão com a Igreja, recebem o impulso para amadurecer cada vez mais sua formação cristã e profissional, tornar incansável sua dedicação, e inexaurível a necessidade de penetrar e conhecer as leis da natureza para melhor servir a vida.”

Associações Médicas: o que são e o que não devem ser

Testemunhas coerentes e corajosas: assim o Papa definiu as Associações Médicas Católicas que colaboram com a Igreja “na promoção e defesa da vida humana desde a concepção até seu fim natural”, no respeito dos vulneráveis, na humanização da medicina e sua socialização plena.

Mas, o Papa convidou os médicos, mesmo dentro das fadigas e dificuldades, a continuar combatendo o crescimento dentro dos meios médicos “do paradigma tecnocrático cultural”, da adoração do poder humano ilimitado e do relativismo prático, “em que tudo se torna irrelevante se não serve aos próprios interesses”.

Convidou também a intervir em questões como “a interrupção da gravidez, fim da vida e medicina genética”, no pleno respeito do enfermo como pessoa com a sua dignidade.

Consciência dos médicos e agentes de saúde

O Papa destacou o que ele pensa sobre um ponto candente: a liberdade de consciência dos médicos e agentes de saúde.

E, foi então, que Francisco afirmou:
“Não é aceitável que o seu papel seja reduzido ao de um simples executor do desejo do enfermo ou das exigências do sistema de saúde em que trabalha.”

O médico católico é primeiramente uma testemunha de fé vivida, capaz de colaborar com as realidades eclesiais e com quem trabalha ao lado das pessoas que sofrem.

“Sejam ministros que saibam transmitir aos que se aproximam a riqueza da humanidade e a compaixão do Evangelho”, concluiu o Papa. (JSG)

 

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