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Mártir de Madagascar será beatificado no domingo

Vohipeno – Madagascar (Quinta-feira, 12-04-2018, Gaudium Press) No próximo domingo, dia 15 de abril, em Vohipeno, Madagascar, representando o Papa Francisco, o prefeito da Congregação para as Causas dos Santos, cardeal Angelo Amato, presidirá a celebração da cerimônia de beatificação de Lucien Botovasoa.

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Luciem foi um fiel leigo, pai da família e membro da Terceira Ordem Franciscana que foi morto por ódio à Fé em 1947.

Ao Vatican News, o Cardeal Amato tratou de dar informações a propósito de quem era o novo Beato:
“Lucien Botovasoa nasceu em 1908 em Vohipeno, uma pequena cidade perto da costa sudeste de Madagascar, onde os missionários chegaram em 1899.

Primeiro de nove filhos, frequentou a escola católica, sendo batizado ao 14 anos com o nome Lucien na paróquia de Vohipeno em 15 de abril de 1922, Domingo de Páscoa.

No mesmo dia ele fez sua Primeira Comunhão e no ano seguinte recebeu a Confirmação.

Ele foi martirizado em 16 de abril de 1947.”

Outras beatificações em Madagascar

O Cardeal respondeu a uma pergunta do Vatican News sobre outras beatificações em Madagascar:

“A Igreja malgaxe foi abençoada com a beatificação de Vittoria Rasoamanarivo e de Rafael Rafiringa, um religioso dos Irmãos das Escolas Cristãs e um conhecido expoente da cultura malgaxe.

Lucien Botovasoa foi um cristão verdadeiramente exemplar.

Na escola de Jesus, Divino Mestre, Lucien ensinava a fazer o bem, a viver em paz com os outros, a formar uma comunidade fraterna, acolhedora e respeitosa.

Ao ódio ele respondia com a caridade, à divisão com a comunhão, à mentira e ao mal com o bem.
Era um autêntico mestre da vida boa: um bom cidadão, um pai amoroso, um marido dedicado.”

Qualidades humanas

Prosseguiu o prefeito da Congregação para as Causas dos Santos:

Lucien Botovasoa tinha uma inteligência brilhante. Depois de quatro anos de estudo (1924-1928) no colégio jesuíta de Fianarantsoa,

obteve um diploma de professor, tornando-se imediatamente instrutor no instituto paroquial em Vohipeno.
Seu lema era: Ad majorem Dei gloriam.

Aos 22 anos casou-se com Suzanne Soazana, com quem teve 8 filhos. Cristão convicto e entusiasta, quis viver a santidade na vida conjugal.

Descobre o manual da Ordem Terceira Franciscana e forma uma primeira fraternidade. Faz a profissão em 8 de dezembro de 1944.

A partir daquele dia torna-se de uma pobreza e uma devoção extraordinária: abandona as belas roupas e se contenta com sandálias simples, camisa e calça.

Jejua às quartas e sextas-feiras.

Levanta-se à meia-noite para rezar de joelhos, depois vai à igreja às quatro, ficando lá até a hora da missa.

Franciscano na alma, é sempre alegre, reza continuamente, onde quer que vá sempre tem o rosário na mão.

Por que ele foi morto?

Durante uma revolta pela independência em 30 de março de 1947, Domingo de Ramos, Lucien foi preso e condenado à morte por sua fé cristã.

Levado para o rio, Lucien reza, dizendo:

“Meu Deus, perdoe meus irmãos. Que meu sangue derramado por terra seja para a salvação da minha pátria”.

Ele foi decapitado e o corpo jogado no rio. Ele morre mártir, seguindo o exemplo de Jesus, o Divino Mestre.”

Legado do Beato Lucien

Para o Cardeal Amato, Lucien deixou um legado.

“Ele nos ensina a viver integralmente o Evangelho, que é o livro da vida e não da morte, do amor e não do ódio, da fraternidade e da não discriminação. Lucien foi morto não por ter ofendido e ultrajado o próximo, mas somente por ter vivido como homem livre e justo. Para nós, ele deixa um grande exemplo e um importante legado: o perdão ao próximo, mesmo o perdão aos inimigos e o convite para viver em fraternidade e em paz com todos.

É esta a única lei do Evangelho.

Esta foi a lei da vida do Beato Lucien Botovasoa.” (JSG)

 

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