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Igreja hondurenha pede saída pacífica à crise política no país

Tegucigalpa (Sexta, 09-10-2009, Gaudium Press) A Conferência Episcopal de Honduras emitiu ontem, 8, um comunicado em que pede “uma solução pacífica, justa e concordada” para a crise política que assola o país desde o final de junho desse ano. O episcopado advertiu que qualquer tipo de violência, nesse contexto, pode prejudicar o diálogo iniciado na última quarta (7), informou a Rádio Vaticana.

Na opinião da Igreja Católica em Honduras, é urgente que ambas as partes – a do presidente interino do país, Roberto Micheletti, e a do presidente deposto, Manuel Zelaya -, cheguem a uma solução urgente que viabilize a “convivência pacífica e uma autêntica vida democrática”.

“Não podemos continuar na incerteza, na tensão pessoal e social e na deterioração econômica. Experimentamos na própria carne, na Igreja e na sociedade os sofrimentos, as divisões e a violência que esta prolongada crise provocou”, acrescenta a nota.

O episcopado em Honduras afirma que a população local vê com grandes esperanças essa negociação e, portanto, não pode ser frustrada porque provocaria uma decepção ainda maior. “Por isso, os que se sentam à mesa do diálogo têm uma grande responsabilidade diante de Deus e da sociedade, responsabilidade que não devem esquecer nem subestimar”, diz o comunicado.

Os bispos concluem dizendo estar conscientes de que apenas o acordo político não resolve os difíceis problemas que acometem o país. Mas esse acordo seria indispensável, segundo os prelados, para que o país tenha as condições institucionais de enfrentá-los.

Representantes do governo interino e do presidente deposto seguem hoje com as negociações por uma saída à crise política, mas sem previsão de um acordo. Ontem, a missão dos diplomatas da Organização dos Estados Americanos (OEA) deixou o país sem obter o compromisso pacífico de ambas as partes.

Três representantes de Zelaya e três representantes de Micheletti devem se reunir ainda hoje na capital Tegucigalpa.

 

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