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Ao final da quarta congregação do Sínodo, Papa diz desejar maior atenção à situação dos jovens africanos

Cidade do Vaticano (Quarta, 07-10-2009, Gaudium Press) O segundo dia de debates da II Assembleia Especial pela África do Sínodo dos Bispos se concluiu ontem com a quarta congregação geral, que aconteceu à tarde, e que contou com a presença do Papa Bento XVI. As discussões foram novamente pautadas pelo tema da reconciliação e da paz nas nações africanas, além da formação sacerdotal.

Os padres sinodais também debateram o problema das seitas, a exploração dos recursos naturais, a violência contra as mulheres e as crianças, imigração e o fundamentalismo religioso.

A quarta congregação aconteceu, como todas, na Sala Sinodal. A última hora foi dedicada às intervenções livres, nas quais se manifestaram 22 bispos. O Papa falou ao final e observou que o “Instrumentum laboris” do Sínodo dava pouca atenção à situação dos jovens.

O arcebispo de Bukavu (República Democrática do Congo), Dom François Xavier Maroy Rusengo, continuou a questão da necessidade da reconciliação e do fim da corrupção. Segundo ele, “causas profundas da crise das relações que se colocam no âmbito dos interesses e dos recursos naturais do país, a serem explorados e administrados na transparência e retidão, em vantagem de todos. Porque as causas das violências na parte oriental da República Democrática do Congo são essencialmente os recursos naturais.” Ele denunciou, ainda, que alguns “querem reduzir ao silêncio a Igreja, que permaneceu o único apoio de um povo aterrorizado, humilhado, explorado, dominado”.

O presidente do Pontifício Conselho para a Promoção da Unidade dos Cristãos, cardeal Walter Kasper, por sua vez, se concentrou em seu discurso sobre o que chamou de uma “fragmentação cada vez mais profunda entre os cristãos” e as seitas, que nasce do aumento das igrejas independentes africanas. Para resolver este problema, segundo ele, “a Igreja católica na África deve impulsionar as relações ecumênicas com os movimentos evangélicos, carismáticos e pentecostais no continente africano”.

O bispo de Nkayi, cardeal Walter Kasper, também da República do Congo, manifestou seu desejo de que haja um representante da Santa Sé junto às Nações Unidas da África.

Durante a congregação de ontem, foi aventada também a possibilidade de se instituir um capelão – sacerdote formado espiritualmente e fiel ao magistério da Igreja, para a vida pública – junto ao parlamento de cada país.

 

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