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Deus ou Nossa Senhora em uma orquídea

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Redação (Segunda-feira, 13-11-2017, Gaudium Press) Em um mundo que vai se tornando cada vez mais cinzento, pardo e sujo como o lodo, não é apenas bom, mas necessário ter espaços onde se respire o ar puro, onde possamos restaurar a ideia de que nem tudo é hediondez mas que muito pelo contrário, por trás das nuvens cinzas sempre segue presente o céu maravilhoso que nos espera para toda a eternidade, se sabemos lutar.

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Em dias recentes Pablo Cesio na Aleteia dava boa conta do ‘boom’ do cultivo de orquídeas que há um tempo ocorre no Equador, e que por trás deste auge estava o trabalho do sacerdote salesiano Ángel Andreetta, que da Itália chegou ao país andino para integrar-se nos trabalhos de sua comunidade, ao mesmo tempo que entregava parte de seu tempo ao cultivo, pesquisa e classificação das orquídeas desse rico país.

Inclusive, uma espécie de orquídea foi batizada em honra a ele como ‘Scuticaria salesiana’.

O Padre Andreetta criou em 1974 a Associação Equatoriana de Orquideologia, que mais tarde se incorporaria à ‘American Orchid Society’. No dia 12 de novembro Guayaquil foi sede da Conferência Mundial de Orquídeas, terceira que se realiza na América do Sul, ratificando com isso que o Equador é destino turístico também por causa da bela arte do cultivo da exótica flor.

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De fato o padre italiano também exerceu seu ministério expandindo a “devoção” às orquídeas em terras equatorianas. O sacerdote é pontífice, ponte entre Deus e os homens, e promovendo essa bela arte fez que toda uma nação elevasse suas vistas até a beleza, que não é outra coisa senão reflexo de Deus. Porque as orquídeas são verdadeiramente belas.

Dizia Plinio Corrêa de Oliveira que, apesar de a rosa ser a rainha das flores, expressando de maneira sem igual o esplendor da ordem, a orquídea se encontra quase à sua altura, sendo a flor das surpresas, da fantasia e do mistério, de uma beleza sublime que somente a fantasia sabe compôr, uma beleza desconcertante que lhe recordava o temperamento borbulhante e volátil dos povos latino-americanos.

A orquídea é uma verdadeira fábula, de uma beleza original, multivariada, que assombra.

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Por exemplo esta de cima.

Ela é forte, é afirmativa, pareceria quase uma intrusa, que ao mesmo tempo que exige sua contemplação quer adentrar-se em nossas almas para perguntar o que há dentro. Pareceria ela simbolizar a “curiosidade” que Deus desperta a cada um dos filhos dos homens, aqueles que segundo declarou o Salvador, faziam sua alegria quando Ele estava no meio deles.

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Ou esta outra de pétalas amarelas salpicadas de manchas vermelhas, menos exuberante que a de cima sendo, no entanto, muito original, um tanto mais ‘civilizada’, algo mimosa, delicada e frágil, digna de estar no penteado de uma dama, ou ornando o altar da Rainha das virgens no dia de seu luminoso nascimento.

Todo belo é ponte para Deus.

Por Saúl Castiblanco

Traduzido por Emílio Portugal Coutinho

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