Cientista ateu reconhece que os milagres de Lourdes “tem algo de inexplicável”
Luc Montagnier, médico francês e Prêmio Nobel de Medicina, estudou vários milagres de Lourdes, e por isso afirma crer que são inexplicáveis.
França – Lourdes (11/02/2021 11:30, Gaudium Press) O médico francês e Prêmio Nobel de Medicina, Luc Montagnier, conhecido por ter descoberto o vírus HIV e também por classificar-se como sendo um agnóstico, relatou que “há algo inexplicável” nos milagres de Lourdes.
O testemunho do cientista e ex-diretor do Instituto Pasteur, está publicada no livro “Le Nobel et le Moine” (“O Nobel e o Monge”), no qual também há um diálogo entre Montagnier e o monge cisterciense Michael Nissaut sobre o futuro da planeta e erradicação de doenças crônicas.
Um exemplo de coerência no mundo da ciência
Chamando a atenção de alguns de seus colegas, a opinião do Nobel de Medicina é considerada por muitos como um exemplo de coerência no mundo da ciência. Uma das conversas mais chamativas foi justamente a que o cientista ateu aborda o tema das curas milagrosas ocorridas no Santuário de Lourdes referindo-se à elas como algo inexplicável.
“Quando um fenômeno é inexplicável, se realmente existe, não se tem necessidade de negar nada”, afirmou Montagnier na conversa. Em seguida, assegurou que “nos milagres de Lourdes existe algo de inexplicável”.
“Muitos cientistas cometem o erro de rejeitar o que eles não entendem. Não me agrada essa atitude. Constantemente citam a frase do astrofísico Carl Sagan: ‘a ausência de provas, não é prova da ausência’”.
O cientista estudou vários milagres de Lourdes, e por isso afirma crer que são inexplicáveis. “Não me explico estes milagres, mas reconheço que são curas que não estão incluídas no estado atual da ciência”.
O importante trabalho da Igreja com os enfermos
Montagnier também reconhece o importante trabalho que a Igreja tem feito no cuidado e acompanhamento dos enfermos, especialmente os portadores de HIV, tema que ele conhece muito bem por ser o descobridor deste vírus mortal. “As ordens religiosas cristãs jogam um papel muito positivo no cuidado com os enfermos. Reconheço que, no âmbito da atenção hospitalar, a Igreja tem sido a pioneira”.
O cientista ateu afirma que nos anos de investigação do vírus HIV, sobretudo nos primeiros, ele viu como constantemente a Fé e a proximidade da Igreja ajudava os enfermos a fazer frente à doença, sobretudo a não se sentirem abandonados.
“É através desta experiência que tenho reconhecido sempre a contribuição pioneira e inestimável da Igreja no campo da atenção hospitalar”, sublinha.
Mais de sete mil curas inexplicáveis em Lourdes
Desde as aparições de Nossa Senhora a Santa Bernardette, em 1858, até nossos dias, foram registradas mais de 7 mil curas inexplicáveis em Lourdes. Não é em vão que ele seja um dos santuários marianos mais reconhecidos no mundo, junto com o de Fátima, em Portugal, e o da Virgem de Guadalupe, no México. (EPC)
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