O batizado é chamado a difundir a luz da esperança de Deus, recorda Papa
Cidade do Vaticano (Quarta-Feira, 02-08-2017, Gaudium Press) Depois de suas férias de verão, o Papa Francisco voltou a realizar as Audiências Gerais das quartas-feiras.
Sete mil pessoas ouviram na Sala Paulo VI o Pontífice afirmar que “Ser batizado significa ser chamado a difundir a luz da esperança de Deus neste mundo sem esperança”.
“Batismo, como porta da esperança”
“Batismo, como porta da esperança” foi tema da catequese de Francisco em seu retorno às Audiências.
O Papa iniciou sua reflexão catequética recordando que nos tempos modernos praticamente desapareceu muito do antigo rito das cerimônias do batismo, sem embargo do que, permanece intacta, em seu significado no entanto: “a profissão de fé feita segundo a interrogação batismal, que é própria da celebração de alguns sacramentos”.
E o Papa perguntou o que quer dizer “ser cristãos? ” E, logo em seguida respondeu:
“Quer dizer olhar para a luz, continuar a fazer a profissão de fé na luz, mesmo quando o mundo é envolvido pela noite e pelas trevas”:
“Nós somos aqueles que acreditam que Deus é Pai: esta é a luz! Acreditamos que Jesus desceu entre nós, caminhou em nossas próprias vidas, tornando-se companheiro especialmente dos mais pobres e frágeis: esta é a luz! Nós acreditamos que o Espírito Santo age incansavelmente para o bem da humanidade e do mundo, e até mesmo as maiores dores da história serão superadas: esta é a esperança que nos desperta todas as manhãs! Acreditamos que cada afeto, cada amizade, cada desejo bom, cada amor, até mesmo aqueles mais momentâneos e negligenciados, um dia encontrarão o seu cumprimento em Deus: esta é a força que nos impulsiona a abraçar com entusiasmo a nossa vida todos os dias! “
A vida da Igreja é a contaminação da luz
Um sinal “muito bonito da liturgia batismal, que nos recorda a importância da luz”, lembrou Francisco, é quando ao final do rito é entregue aos pais da criança – ou ao adulto batizado – uma vela, cuja chama é acesa no Círio Pascal.
O mesmo Círio Pascal que na noite de Páscoa entra na igreja completamente escura, para manifestar a Ressurreição de Jesus:
“Daquele Círio todos acendem a própria vela e transmitem a chama aos vizinhos: neste sinal existe a lenta propagação da ressurreição de Jesus na vida de todos os cristãos. A vida da Igreja é contaminação de luz”, explicou o Papa.
Porque recordar sempre o batismo
O Santo Padre reitera então a importância de sempre recordarmos de nosso Batismo, explicando:
“Nós nascemos duas vezes: a primeira à vida natural, a segunda, graças ao encontro com Cristo, na fonte batismal. Ali somos mortos para a morte, para viver como filhos de Deus neste mundo. Ali nos tornamos humanos como nunca poderíamos ter imaginado. Eis porque todos devemos espalhar a fragrância do Crisma com o qual fomos marcados no dia do nosso Batismo. Em nós vive e opera o Espírito de Jesus, o primogênito de muitos irmãos, de todos aqueles que se opõem a inevitabilidade das trevas e da morte”.
O Cristão é ‘cristoforo’
“Que graça, quando um cristão torna-se realmente um “cristóforo”, um “portador de Cristo” no mundo! “, sobretudo “para aqueles que estão atravessando situações de luto, de desespero, de trevas e de ódio”.
E isso pode ser percebido por causa “da luz que um cristão traz nos olhos, da profunda serenidade que não é afetada mesmo nos dias mais complicados, pelo desejo de recomeçar a querer bem mesmo quando se tenha experimentado muitas decepções”.
O que dirá de nós a história?
Ao concluir sua reflexão, novamente o Papa faz uma pergunta: “No futuro quando for escrita a história do nosso dia, o que se dirá de nós? Que fomos capazes de esperança, ou que colocamos a nossa luz debaixo do alqueire? Se formos fiéis ao nosso Batismo, propagaremos a luz da esperança de Deus e poderemos passar para as gerações futuras razões de vida”. (JSG)
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