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Cáritas Portuguesa anuncia fundo de apoio a desempregados no país

Fátima (Segunda, 28-09-2009, Gaudium Press) A Comissão Permanente da Cáritas Portuguesa anunciou, após reunião em Fátima, no último sábado (26), que a organização católica irá criar um fundo de apoio aos desempregados “sem qualquer proteção oficial”, ou seja, sem apoio de programas governamentais. A comissão decidiu repassar 35% das verbas obtidas durante a habitual operação de Natal, chamada “10 Milhões de Estrelas – um gesto pela paz”, geralmente destinadas ao apoio de projetos em países em desenvolvimento. O restante (65%) fica com as Cáritas Diocesanas, informou a Agência Ecclesia.

Em comunicado, a organização católica para a ação social destaca “o esforço feito por cada Cáritas Diocesana para prestarem o apoio socioeconômico às famílias em situação de precariedade devido à atual crise econômica e financeira, pois são escassos os recursos econômicos para fazer frente às solicitações”.

Com exceção das Cáritas Diocesanas de Setúbal e do Porto, que recebem o apoio do projeto “País Solidário”, promovido pela Fundação Calouste Gulbenkian em parceria com outras entidades, e de Braga, que recebe apoio da Cruz Vermelha, as demais estão disponibilizando meios próprios, a maioria provenientes de ofertas das coletas das missas do Dia Nacional da Cáritas, celebrado em março passado.

A Cáritas Portuguesa manifestou ainda a sua preocupação pelos impactos que a Gripe A possa ter naqueles que “vierem a ser contagiados e não disponham de redes familiares ou de proximidade que os apoiem, como os sem-teto, os passantes e as pessoas idosas que vivem sós”.

No sentido de minimizar os efeitos mais perigosos da doença nestas faixas da população, foi deixado um apelo às comunidades paroquiais para que “prestem particular atenção a estas pessoas e procurem assegurar, em colaboração com outras instituições, os cuidados básicos de alimentação e de higiene, bem como o acesso à medicação necessária”.

A organização católica pede também às entidades competentes para que “aumentem o acesso gratuito à vacinação das pessoas socialmente mais vulneráveis e aos profissionais e voluntários que lhes prestam serviços”.

O resultado da campanha será conhecido em janeiro ou fevereiro do ano que vem. A Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) prevê que, no final de 2010, o desemprego em Portugal atinja 650 mil pessoas, cerca de 11,7 % da população.

 

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