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Em Brno, na República Tcheca, Papa fala da necessidade que é Cristo

Brno (Domingo, 27-09-2009, Gaudium Press) Bento XVI começou seu segundo dia a Viagem Apostólica à República Tcheca com uma celebração eucarística no aeroporto de “Turany” de Brno, capital da província da Moravia. Na homilia, dedicada à esperança “que se realiza na pessoa” e o ensinamento de Jesus Cristo, o Papa disse que “o absurdo atinge o homem quando este excluiu Deus do horizonte de suas escolhas e de suas ações”.

Bento XVI partiu de manhã cedo da sede da Nunciatura Apostólica em Praga para o aeroporto “Stará Ruzyne” da capital tcheca, de onde voou para Brno para celebrar a Santa Missa. Aterrissou na cidade por volta das 9h20, onde foi recebido pelo presidente Vaclav Klaus e sua esposa, pelo bispo de Brno, Vojtech Cikrle, e pelo presidente da Região Sul da Moravia e prefeito de Brno, Roman Onderka. Brno é a segunda maior cidade da República Tcheca, com 366.680 habitantes, e destaca-se pela diversidade de sua vida cultural.

Citando sua segunda encíclica, o Papa recordou na homilia que “a única esperança ‘certa’ e ‘confiável’ (Spe Salvi, 1) está fundamentada em Deus”. Bento XVI disse que “não é fácil construir uma sociedade inspirada nos valores do bem, da justiça e da fraternidade” na realidade da natureza humana, que é liberta, porque “a sua liberdade permanece frágil”.

O Papa falou aos fiéis: “nós estamos aqui antes de tudo para escutar, escutar uma palavra que nos indique o caminho que conduz à esperança: também estamos aqui para escutar a única Palavra que pode nos dar esperança sólida, porque é Palavra de Deus”.

Segundo ele, o “anúncio de salvação cristão, antigo mas sempre novo” é que “Cristo crucificado e ressuscitado, é a esperança da humanidade!”. “O homem precisa ser libertado das opressões materiais, mas deve ser salvo, e mais profundamente, dos males que afligem o espírito”, continuou o Santo Padre.

Aos fiéis de Brno, Bento XVI lembrou que sobre a porta da Catedral da cidade estão escritas as palavras de Jesus: “Vinde a mim, todos vós que cansados e oprimidos, e vós restabelecerei”. Ele falou dos santos do país, que “nós séculos passados tanto sofreram para manterem-se fiéis ao Evangelho e não perderam a esperança; se sacrificaram para reconduzir a dignidade aos homens e a liberdade aos povos, encontrando na adesão generosa a Cristo a força para construir uma nova humanidade”.

“E, no entanto, na sociedade atual, onde tantas formas de pobreza nascem do isolamento, do não ser amados, da rejeição a Deus e de um originário trágico fechamento do homem que pensa poder bastar a si mesmo, ou então, de ser apenas um fato insignificante e passageiro; neste nosso mundo que é alienado “quando se confia a projetos somente humanos” (Caritas in veritate, 53), somente Cristo pode ser a nossa esperança certa”, ponderou o Santo Padre.

Ao final da homilia, Bento XVI desejou aos sacerdotes que permaneçam “intimamente unidos a Jesus” e exercitem com entusiasmo o seu ministério. Aos religiosos e religiosas, a continuarem “a feliz e coerente prática dos conselhos evangélicos” que indicam “a nossa verdadeira pátria: o Céu”. Aos fiéis laicos, jovens, adultos, famílias, a colocarem em Cristo “os seus projetos familiares, de trabalho, da escola, e as atividades de cada âmbito da sociedade”. “Jesus nunca abandona os seus amigos”, assegurou Bento XVI.

O presidente da República, Vaclav Klaus, e sua esposa, participaram da Missa, mas não receberam a comunhão porque são protestantes-hussitos.

Na conclusão da solene celebração eucarística, um grupo das jovens vestidas em longas túnicas brancas apresentou uma dança litúrgica, a qual, diferentemente do que ocorreu na África, não é habitual na República Tcheca. O grupo foi criado no liceu episcopal de Brno, onde as jovens se encontram toda semana para orar e dançar. O mesmo grupo apresentou-se ao Papa João Paulo II durante a visita do pontífice a Hadrec Kralove, em 1997.

 

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