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Bispo de Hong Kong pede que China liberte bispos católicos

Hong Kong (Quinta, 24-09-2009, Gaudium Press) Em uma mensagem pelos 60 anos de fundação da República Democrática da China, o bispo emérito de Hong Kong, cardeal Joseph Zen, exortou o presidente chinês, Hu Jintao, a libertar todos os católicos ainda mantidos em prisões do país, informou a agência AsiaNews.

Em sua mensagem, feita pública ontem no site da diocese de Hong Kong, o cardeal afirma: “Após 60 anos da fundação da República Popular da China, o tempo passou para que seus líderes fossem corajosos e corrigissem erros passados libertando líderes religiosos que foram privados de sua liberdade, de Su Zhimin (bispo de Baoding), capturado décadas atrás, a dom Jia Zhi Guo (bispo de Zhengding), detido em março último. Este é o momento para que nossos líderes desçam de seus altos postos e incluam diretamente nossos bispos em um diálogo, porque são estes os verdadeiros chefes da Igreja”.

Para o prelado, o governo de Pequim deveria “sentar-se à mesa de negociações com a Santa Sé e, com sinceridade, encontrar caminhos que sejam mutuamente aceitáveis para consultas e para viver em harmonia”.

Em sua mensagem, cardeal Zen citou algumas palavras do presidente Hu Jintao nesse sentido. Falando diante da Conferência Consultiva Política do Comitê Nacional do Povo Chinês (CPPCC), no último dia 20, Hu Jintao disse que a instituição havia sido designada para “melhor levar adiante a democracia, fortalecer a solidariedade e solucionar contradições”. Isso, disse o prelado, “é o que as pessoas esperam do Estado”.

“Não poderia deixar de aplaudir quando ouvi o presidente dizer que a CPPCC deveria promover o desenvolvimento harmonioso das ‘relações com religiões’ e com ‘compatriotas tanto em casa quanto no exterior’. Para o cardeal Zen, quando Hu Jintao fala em “relações com as religiões”, ele está se referindo ao que Bento XVI também deseja, quando diz: “Espero que os fiéis na China possam viver em em paz sua vida de fé e contribuir (para o desenvolvimento) de sua terra”.

O prelado encerra dizendo que o programa de Hu Jintao é um “desafio sem precedentes… mas também uma grande oportunidade”.

 

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