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Advento, um tempo novo

Redação (Terça-feira, 13-12-2016, Gaudium Press) Com este título, Dom Walmor Oliveira de Azevedo, Arcebispo metropolitano de Belo Horizonte, fez considerações sobre o período litúrgico no qual estamos vivendo.

Advento, um tempo novo.jpg“Os cristãos se preparam para a celebração do Natal de Jesus em um tempo chamado advento, com momentos de espiritualidade e celebrações que recuperam a sintonia dos corações com o coração de Deus” descreveu o Arcebispo logo no início de suas palavras.

Ele afirmou que um “tempo de esperança, que pode fecundar um futuro melhor sonhado por todos, particularmente quando se avalia o peso dos muitos percalços vividos na contemporaneidade” e ressalta que, “de modo muito especial, o advento da vinda do Messias tem propriedade para reavivar sensibilidades perdidas, o gosto pelo bem, e sedimentar a convicção da importância de todas as pessoas, sem distinções”.

Dificuldades e força necessária

Dom Walmor mostrou a dificuldade de viver a delicadeza deste tempo, sobretudo por causa da “avalanche de apelos nessa época para estimular o consumismo e as festas. Convive-se com a fantástica e ilusória sensação do belo, a partir de luzes e cores com fugacidade própria – logo após esse período vem a realidade com seus desafios”.

E ele mostra de onde vem a “força necessária para todos” para vivenciar este tempo de modo correto:

“…vem justamente do amor e da experiência de se encontrar com Jesus Cristo. Ora, o que define a vida e as pessoas não são as circunstâncias, nem mesmo os desafios da sociedade. Acima de tudo, o que define a autenticidade da condição humana e os rumos novos da história é o amor. E o amor torna-se realidade na experiência de se buscar Jesus Cristo”.

Sentido singular da celebração do Natal

“Eis aí, mostra Dom Walmor, o sentido da celebração do Natal, oportunidade singular e inigualável para se desenhar um horizonte diferente, conferir à vida uma orientação decisiva. “

“A alegria que nasce do encontro com Jesus não é artificial, diferentemente das que são produzidas por mecanismos ilusórios, efêmeros. É a felicidade que nasce da experiência de aproximar-se da fonte inesgotável do amor de Deus, Pai misericordioso, que transforma, recria e salva. Sem esse encontro, não há como passar da morte para a vida, da tristeza para a alegria, do absurdo para o sentido profundo da existência, do desalento para a esperança”.

Sem o Encontro com Cristo

“Sem o encontro com Cristo, que promove transformações nas pessoas, -diz o Arcebispo de Belo Horizonte- a humanidade continuará regida pela economia da exclusão, pela falta do compromisso com a solidariedade e com a busca pelo bem da coletividade. A idolatria perversa do dinheiro será sempre doença incurável e o povo permanecerá carente de governantes competentes, com sólida moral. Somente com uma profunda espiritualidade, temperando todas as práticas, será possível promover reformas fundamentadas na ética.

Convite

“O convite permanente, com força singular no tempo do advento, é fixar o olhar n’Ele, Cristo, o Messias Salvador. Conhecê-Lo, dialogar com Ele, deixar-se transformar por suas propostas e lições – os valores do Evangelho. Essa experiência espiritual qualifica a existência, as ações e escolhas do ser humano. Por isso, é hora de aceitar a proposta de se encontrar com Jesus Cristo – abertura ao advento de um novo tempo”.

É o convite e a recomendação que faz Dom Walmor para encerrar suas considerações. (JSG)

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