Beatificado Frei Maria-Eugênio do Menino Jesus, na França
Avinhão – França (Segunda-feira, 21-11-2016, Gaudium Press) Em nome do Papa Francisco, o Cardeal Angelo Amato, Prefeito da Congregação das Causas dos Santos, presidiu, em Avinhão, na França, no sábado, 19 de novembro, a celebração Eucarística durante a qual foi Beatificado Frei Maria-Eugênio do Menino Jesus.
Frei Maria-Eugênio do Menino Jesus, é o nome religioso de Henrique Grialou, um sacerdote professo da Ordem dos Carmelitas Descalços que foi o Fundador do Instituto Secular Nossa Senhora da Vida.
Beato Maria-Eugênio
Henri Grialou, nome civil do Beato, nasceu dia 2 de dezembro de 1894 num modesto lar de Aveyron, na França.
Ainda criança, deu mostras de seu desejo de ser sacerdote. Depois da Primeira Guerra Mundial, momento em que sentiu a poderosa proteção de Santa Teresinha do Menino Jesus, recomeçou os estudos no seminário, dando aí testemunho de uma profunda vida espiritual.
Descobriu os escritos de São João da Cruz e, com o exemplo deste Santo, sentiu revelada sua vocação carmelitana. Entrou assim para a Ordem do Carmo no dia 24 de fevereiro de 1922, logo após a sua ordenação sacerdotal. Adotou, então o nome religioso de Frei Maria-Eugênio do Menino Jesus.
Marcado pelo absoluto de Deus e pela graça mariana do Carmelo, o Frei Maria-Eugênio serviu com devoção e empenho a Igreja e a sua Ordem, desempenhando cargos de grande responsabilidade na França e em Roma.
Dedicou-se plenamente à difusão do espírito e da doutrina do Carmelo, desejando que estes fossem vividos na vida cotidiana, numa harmoniosa união de ação e contemplação.
A transmissão do ensinamento dos mestres do Carmelo – Santa Teresa d’Ávila, São João da Cruz e Santa Teresinha – foi iluminada pela sua própria experiência de contemplativo e apóstolo, e culminou na redação do livro “Quero ver a Deus”.
Instituto Nossa Senhora da Vida
Em 1932, com a colaboração de Marie Pila, fundou o Instituto Nossa Senhora da Vida na cidade de Venasque, França, junto a um antigo santuário mariano, do mesmo nome.
Este instituto secular, de leigos (as) consagrados e sacerdotes, coloca em prática o ideal do Frei Maria-Eugênio de uma vida onde a ação e a contemplação são bem unidas, de tal modo que a contemplação estimula a ação e a ação estimula a contemplação, para assim ser dado testemunho do Deus vivo ao mundo.
A vocação dos leigos consagrados de Nossa Senhora da Vida é caracterizada por quatro aspectos:
consagrados a Deus pela profissão dos conselhos evangélicos;
leigos em uma vida ordinária no mundo, com uma profissão própria;
arraigados no espírito do Carmelo e na vida de oração;
participantes da missão da Igreja no mundo e a partir do mundo: indústrias, obras públicas, médico-social, educação, funções públicas e diplomáticas, edições, artesanato.
Confiança e Amor – Espirito Santo e Maria
Como sacerdote e diretor espiritual, o Beato conduziu as almas, incansavelmente, no caminho da confiança e do amor, certo de que a misericórdia divina se derrama sempre e abundantemente!
Toda a vida de Frei Maria-Eugênio foi marcada por uma poderosa influência do Espírito Santo e da Virgem Maria.
Respondendo à fidelidade do seu amor, a Virgem Maria veio buscá-lo no dia 27 de março de 1967, numa segunda-feira de Páscoa, dia em que ele fazia questão de celebrar a alegria pascal de Maria, Mãe da Vida.
Pensamentos de Frei Maria-Eugênio do Menino Jesus
– “Rezem para pedir o amor. É a única oração a fazer. Pelas almas que amo, eu não posso pedir senão o amor: é a única realidade que vale alguma coisa, é a única dádiva eterna a pedir para vocês.”
– “Que importam as qualidades naturais! A grande riqueza é sermos iluminados pelo Espírito Santo, e sermos transformados pelo Espírito.”
– “Um santo vivo não é inabalável e o Espírito Santo não o abandona nos momentos de dificuldade. A grande prova de santidade não é a ausência de tentação ou de cansaço, mas a persistência no caminhar, no reagir, no prosseguir em direção a Deus.”
– “Peçamos à Virgem Maria que ela nos ajude a assegurar ao Espírito Santo a fidelidade que Ele espera de nós. Que ela fortifique a nossa fé tão fraca; fé que deve atravessar a obscuridade e passa além de todas as angústias para chegar a Deus e acreditar n’Ele. Digamos-Lhe: ‘Ofereço-Vos todo o amor que esperais de mim; agora e sempre, até o último suspiro. Permitais Senhor que eu guarde esta fidelidade de amor.'” (JSG)
Da Redação Gaudium Press, com informações http://www.nossasenhoradavida.com.br
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