A importância de rezar pelos defuntos pelos quais ninguém ora
Washington – Estados Unidos (Quinta-feira, 03-11-2016, Gaudium Press) A redatora Katrina Fernández relatou no portal web Aleteia uma experiência que lhe recordou a importância de orar pelos defuntos, especialmente quando muitos deles não tem a ninguém que lhes encomende em suas orações. Um homem lhe enviou uma carta pedindo-lhe que rezasse pela sua esposa falecida, já que sua família não era católica e não acreditavam na necessidade de orar pelos defuntos. O viúvo seria a única pessoa que recordaria este dever e buscava apoio para que outras pessoas o fizessem também.
A carta não apenas tornou relevante o drama de uma pessoa que poderia estar no purgatório com uma grande necessidade de oração e se encontra quase abandonada. Esta é ainda a situação de numerosas almas cujos seres queridos e familiares não sabem ou rejeitam o fato de que sua oração é muito necessária para completar a expiação que necessitam. A pouca consciência sobre esta situação se evidenciou nos comentários de uma cunhada de sua avó, que orou muito durante sua enfermidade mas ao falecer tentou consolar a redatora dizendo-lhe que ela já era um “anjo no céu” e que já não fazia diferença orar por ela.
“Os que morrem na graça e na amizade de Deus, mas imperfeitamente purificados, ainda que estejam seguros de sua eterna salvação, sofrem depois de sua morte uma purificação, a fim de obter a santidade necessária para entrar na alegria do céu”, explica o Catecismo da Igreja Católica em seu número 1030. “Desde os primeiros tempos, a Igreja tem honrado a memória dos defuntos, oferecendo sufrágios em seu favor, em particular o sacrifício eucarístico (cf. DS 856), para que, uma vez purificados, possam chegar à visão beatífica de Deus. A Igreja também recomenda as esmolas, as indulgências e as obras de penitência em favor dos defuntos”.
Fernández recomendou algumas práticas que os crentes podem realizar para ajudar aos seus seres queridos falecidos. Várias orações podem ser recitadas em seu favor, começando pela clássica oração “Dai-lhe, Senhor o descanso eterno, e brilhe para ele a luz perpétua”. Também se pode encomendar privadamente as intenções dos fiéis defuntos em cada Missa, tanto no Ofertório como no “memento” de defuntos na Oração Eucarística.
Outra alternativa de grande conveniência é afiliar aos seres queridos às iniciativas de oração pelos defuntos, nas quais os falecidos ficam registrados como beneficiários de orações e Missas. A forma mais eficaz de ajudar aos fiéis defuntos é encomendar Missas em seu benefício e entre estas a tradição da Igreja valoriza especialmente as Missas Gregorianas, que são uma série de 30 Missas celebradas em dias consecutivos nas quais se pede por um só defunto.
Apesar de muitos falecidos serem esquecidos por suas famílias e amigos, existem ordens religiosas, sacerdotes, religiosos e leigos que costumam rezar cotidianamente por todos os defuntos, especialmente os mais necessitados da misericórdia divina. “Os mortos nunca serão esquecidos ou ignorados na Igreja”, concluiu Fernández. “Há um tremendo alívio nesse conhecimento”. (GPE/EPC)
Deixe seu comentário