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O menino que fez o Papa chorar

Aparecida – São Paulo (Terça-feira, 09-08-2016, Gaudium Press) Durante a realização da Jornada Mundial da Juventude (JMJ), na cidade do Rio de Janeiro, uma das imagens mais emblemáticas e registradas por diversos veículos de comunicação marcou não somente o evento como toda a população brasileira e do mundo: o abraço de uma criança ao Papa Francisco.

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Na época, o menino chamado Nathan, de apenas nove anos, trajado de uma camiseta alusiva as cores da bandeira brasileira, visivelmente emocionado, confessou ao Pontífice seu desejo de seguir futuramente o caminho sacerdotal. “Santo Padre, eu quero ser sacerdote de Cristo, um representante de Cristo”, disse o jovem.

Logo, Francisco não se conteve com o gesto de carinho e as palavras do pequeno, e também, expressou sua alegria através de um breve choro, acompanhado pelas seguintes palavras: “Ora por mim que oro por tí”.

Passados três anos, e mais uma JMJ, essa última sediada na capital polonesa de Cracóvia, as palavras ditas pelo Papa continuam recentes na memória de Nathan.

Hoje, com 12 anos, o garoto mantém o mesmo pensamento. A vontade de servir a Cristo no sacramento da ordem é vista como uma meta a ser alcançada.

Neste mês de agosto, período em que a Igreja celebra as vocações, Nathan voltou a ser lembrado pela Igreja Católica no Brasil, ainda mais por sua imagem nos braços de Francisco estampada nas campanhas e subsídios distribuídos pela CNBB.

Embora tenha ainda pouca idade, o menino procura ir além das costumeiras atividades do dia a dia de um pré-adolescente, buscando aprofundar-se no período de discernimento.

Na escola, por exemplo, Nathan é considerado um exemplo entre os demais alunos, pois além dos estudos, tem se dedicado nos afazeres religiosos. Aos domingos, durante a celebração dedicada às crianças, exerce a função de coroinha na Catedral de Lorena, no interior paulista.

Além disso, há três anos, auxilia os párocos durante as missas, enquanto se prepara para um novo desafio: o acolitato.

Aos sete anos, manifestava o desejo pelo sacerdócio

Antes mesmo de ter o encontro especial com o Papa Francisco em 2013, Nathan sempre esteve inserido nas das atividades da Igreja e, aos sete anos, já manifestava o desejo pelo sacerdócio.

A mãe, Ana Paula Brito, contou em entrevista ao Jornal Santuário que como era muito participativo, o filho logo começou a fazer parte da formação de coroinha na cidade de Cabo Frio, no Rio de Janeiro, antes mesmo das outras crianças da mesma idade.

“Eu peço sempre a Deus. Se for para ser, que ele seja um padre santo, abençoado, que possa levar realmente a palavra de Deus, assim como, ele foi acolhido pelo Papa com o amor do Pai, do Pastor que tem o prazer de amar”, afirmou Ana Paula.

Em sua caminhada de discernimento, o garoto tem como referência o próprio Papa Francisco, uma vez que se inspira nos gestos e atitudes de pastoreio do Pontífice. Ainda mais depois do momento em que esteve junto ao Santo Padre, que serviu para animá-lo no caminho em que pretende seguir.

Ao Santo Padre, Nathan procura dedicar as orações de maneira especial. “Que Deus de vida longa ao Papa, porque essa missão que ele carrega é muito árdua que ele tem que conservar”, desejou.

Educar, orientar e formar os filhos a partir da imagem e semelhança de Deus

O promotor vocacional, Irmão João Batista de Viveiros, destacou que a missão da família consiste em educar, orientar e formar bem os filhos para que cresçam e se desenvolvam em todos os sentidos como imagem e semelhança do próprio Deus e não como imagem e semelhança de si mesmos.

Segundo o Irmão João Batista, os familiares não podem colocar obstáculos e devem deixar os filhos livres para fazer as suas escolhas, guiando-os na descoberta e no amadurecimento da vocação.

“Onde faltam a liberdade e a vivência da fé como igreja doméstica, os pais se acham no direito de decidir qual o caminho que os filhos devem seguir segundo seus projetos e interesses pessoais. Existem muitas pessoas frustradas porque deixaram se levar por interesses de outros ou por não terem concretizado as opções do coração. O apoio da família é fundamental para que o vocacionado faça um processo tranquilo de discernimento. Com maior serenidade, será capaz de superar os obstáculos”, concluiu. (LMI)

Da redação Gaudium Press, com informações A12

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