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Bispo da Suíça reitera: “Morte planejada” é inaceitável

Berna – Suíça (Terça-feira, 05/07/2016, Gaudium Press) – A Comissão Justiça e Paz, da Suíça, preparou um estudo que foi publicado no site dos Bispos da Suíça com o título de “O suicídio dos idosos: um desafio”.

Com a publicação desse estudo, o objetivo procurado pelos prelados helvéticos é de contribuir com o debate na sociedade sobre a autonomia, a fragilidade, a morte e a ajuda ao suicídio.

A realidade que os bispos têm como ponto de partida para sua manifestação é que, atualmente, mais de 100 mil pessoas estão inscritas em uma organização que promove e divulga o “suicídio assistido”. Além disso, existe o fato de que, na Suíça, desde 2015, “discute-se a possibilidade de pessoas (muito) idosas decidirem livremente se querem colocar fim à própria vida”, com a eufemisticamente chamada “morte voluntária na velhice”.

Não é mais uma situação de “sofrimento insuportável” que vem justificar o suicídio, mas simplesmente “a velhice e a perspectiva de uma vida difícil”, evidencia o estudo que investiga o por quê desta ideia ter tido “sucesso” na população helvética.

Promover a própria morte -para largos setores da população suíça- perdeu o caráter antinatural de afronta à natureza e à vida. O suicídio de idosos que, por alguns é considerado como uma “solução individual”, torna-se “um grave problema social”, uma vez que se insere totalmente na “cultura do descarte”.

Reiterando a oposição da Igreja à “morte planejada”, Dom Felix Gmür, Bispo de Basileia, sublinhou aos jornalistas durante a apresentação do estudo em Berna, na sexta-feira:

“Hoje, quem é dependente de outra pessoa, é malvisto e considerado anormal”, observou.

O estudo da Comissão Justiça e Paz, pesquisa a questão no plano ético e social. Ela oferece também algumas “recomendações” de ordem moral e religiosa para a sociedade. (JSG)

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