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Londrina recebe Congresso Internacional da Obra das Famílias de Schoenstatt

Londrina – Paraná (Segunda-feira, 04-07-2016, Gaudium Press) Fundado pelo Padre José Kentenich em 1914, o tradicional Movimento Apostólico de Schoenstatt, atualmente, contempla três comunidades. Juntas, formam a Obra das Famílias de Schoenstatt.

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Através dos estímulos oriundos do Sínodo dos Bispos e pela corrente de reflexões que anima a Igreja, o lado familiar do Movimento organiza o Congresso Internacional da Obra das Famílias, com a proposta de refletir a temática “A beleza da vocação matrimonial”.

O encontro acontece na cidade de Londrina entre os dias 15 e 17 de julho. “Juntos queremos, a partir do carisma do Fundador inserido na Igreja, contemplar a beleza da vocação matrimonial”, afirmam os superiores do Instituto de Famílias no Brasil, José Roberto e Bernadete Nassif.

Para o evento, são esperados representantes de toda a Obra das Famílias de Schoenstatt – formada pela Liga Apostólica, União Apostólica e Instituto de Famílias – de vários países. Hoje, no Brasil, aproximadamente 2 mil famílias integram as comunidades de Schoenstatt.

O casal Luis e Pilar Jensen, do Chile, que integrou a comissão para o Sínodo das Famílias a convite do Papa Francisco, serão palestrantes do congresso, assim como a Irmã M. Fernanda Balan, que atuou vários anos na Pastoral Familiar junto à CNBB.

Além deles, o Padre Ivan Simicic, assistente nacional do Instituto de Famílias de Schoenstatt, Padre Marcel Mouras, assistente internacional, e o casal palestrante Pepo e Patricia Kostner, da Argentina, membros da direção geral do Instituto, também estarão presentes.

Helene e Friedrich Kühr, o primeiro casal a ingressar no Instituto de Famílias

O congresso promoverá ainda um estudo mais aprofundado sobre a vida de Helene e Friedrich Kühr, o primeiro casal a ingressar no Instituto de Famílias, sendo que ele é o co-fundador, junto ao Padre José Kentenich, da Obra Familiar de Schoenstatt.

Diplomata alemão, Dr. Kühr foi prisioneiro no campo de concentração de Dachau, no qual conheceu o Padre Kentenich. Lá, ele captou profundamente os ideais e aspirações de Schoenstatt e assim, em 16 de julho de 1942, fez sua consagração e se tornando o primeiro noviço do Instituto.

Por sua vez, Helene, enquanto viajava ao Brasil para conhecer as terras que haviam comprado em Rolândia, no Paraná, se viu em meio ao contexto de guerra. Na época, ela não pôde voltar para a Alemanha e desta forma, ficou separada do marido por dez anos, já que ele estava preso.

Em 1947, Dr. Kühr consegue viajar ao Brasil para encontrá-la. E então, eles permaneceram juntos, morando em Rolândia, até 1950, quando ele veio a falecer.

Segundo Diógenes e Paulina Lawand, do Instituto de Famílias, “o objetivo é realizar um Congresso para a Obra Familiar, vinculando a vida matrimonial com o amor conjugal da família Kühr. Eles são um exemplo para o tempo de hoje; ficaram dez anos separados fisicamente, estiveram numa guerra, tiveram todas as privações e, mesmo assim, mantiveram o amor entre eles, se mantiveram unidos”.

“Hoje nós vivemos grandes desafios na família, principalmente da relação homem-mulher, do amor conjugal. O Papa, com o sínodo, retoma de novo o valor e importância da família. Para nós, os Kühr são uma resposta para o tempo atual. Hoje, por muito menos as pessoas se separam, desistem do casamento, então que possamos tê-los como modelo”, completou Diógenes.

Restos mortais da Sra. Helene Kühr

Ainda, os participantes desse congresso terão a oportunidade de acompanhar o translado dos restos mortais da Sra. Helene Kühr para junto do marido, ficando os dois em uma urna, ao lado do Santuário de Schoenstatt, em Londrina.

Falecidos em lugares distantes, Helene e Friedrich foram sepultados em lugares distintos.

A intenção é que ambos permaneçam juntos, mesmo após a morte, inspirando novas famílias a partir de seu exemplo. “Nós pensamos: os dois viveram a vida com um amor conjugal tão grande, eles não podem ficar separados. Esta é a hora de unirmos o casal. A partir daí teve toda uma corrente de vida em cima desse translado”, contou o casal Lawand. (LMI)

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