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Igreja canadense reage à legalização da eutanásia

Toronto – Canadá (Quinta-feira, 23/06/2016, Gaudium Press) – “O assassinato foi legalizado no Canadá”… Este é um dos termos particularmente severos que o episcopado católico usou para comentar a adoção pelo Parlamento e, depois, pelo Senado canadense de um texto de lei que autoriza a ajuda médica para morrer.

ois de muitas semanas de debates políticos, o Canadá juntou-se ao clube dos países favoráveis a uma morte ajudada pelos médicos.

Em um comunicado, o arcebispo de Toronto diz que o medo de abuso, de derrapagens, e os riscos de expansão da lei, tal como aconteceu em outros países que legalizaram a eutanásia.

Diferença entre morrer e ser morto

O Cardeal Thomas Collins convida a sociedade canadense a se perguntar sobre a diferença fundamental que existe entre morrer e ser morto e ainda sobre a importância da interdependência.

A dignidade de uma pessoa não pode ser reduzida a sua autonomia, a sua capacidade de operar segundo padrões estabelecidos.

O Arcebispo de Toronto apela uma vez mais a favor do desenvolvimento de cuidados paliativos para aqueles que não têm acesso a eles: cerca de 30% dos pacientes canadenses.

Ele deseja ainda que os profissionais da saúde possam seguir sua consciência e recusar este serviço.

Segundo a nova lei, o procedimento será reservado para adultos conscientes, portadores de uma doença grave, incurável e irreversível da qual a morte é rassoavelmente previsível a curto tempo.

Os mais vulneráveis serão pressionados

As pessoas portadoras de doenças degenerativas não poderão ser beneficiadas. Para eles as autoridades canadenses tomaram medidas para evitar um ‘turismo de suicídio’ e para proteger também as pessoas vulnerável e ainda a liberdade de consciência dos profissionais da saúde.

Lembrando que ela não está a favor de uma fúria terapêutica, a Igreja canadense realizou desde o início uma ampla campanha contra a legalização da eutanásia; obviamente que não será agora que ela tem em conta desistir.

Eliminar o sofrimento e não a pessoa que sofre

Dom Noël Simard, responsável desse dossiê para a Conferência dos bispos católicos do Canadá julga que o direito à eutanásia deverá fazer surgir um dever e que isto vai trazer muita pressão sore as pessoas idosas e os mais vulneráveis.

Ele também teme a redução dos subsídios dedicados aos cuidados paliativos.

Os bispos devem agora demonstrar que o que é legal não é necessariamente moral. Eles apontam que temos que eliminar o sofrimento e não a pessoa que sofre. (JSG)

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